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Neste estudo, vamos destacar:

  • O túmulo vazio e a visita de Maria Madalena.
  • A aparição do Messias a Maria no jardim. Novo Adão e novo Éden.
  • Jesus se manifesta aos discípulos e sopra o Espírito.
  • A incredulidade de Tomé e sua confissão.
  • O propósito declarado do Evangelho de João.

Introdução

  • O vigésimo capítulo do Evangelho de João nos conduz ao clímax da narrativa: a ressurreição do Messias. Depois da angústia da crucificação e do silêncio do sepulcro, surge a manhã do primeiro dia da semana, marcando o início de uma nova criação. O capítulo começa com Maria Madalena encontrando o túmulo vazio, e termina com a poderosa afirmação de Tomé: “Senhor meu e Deus meu”.

Tema central:

  • O Evangelho de João foi escrito para gerar fé em Jesus como o Messias, o Filho de Deus. E por meio dessa fé, recebermos vida em seu nome.

Principais personagens:

  • Maria Madalena
  • Pedro
  • João (o discípulo amado)
  • Tomé (também chamado Dídimo)
  • Jesus, o Messias

Lições principais:

  • A ressurreição do Messias não é um símbolo, mas um fato histórico testemunhado por discípulos reais.
  • A fé verdadeira não depende da visão física, mas da confiança no testemunho das Escrituras.
  • Jesus conhece cada um pelo nome e se revela pessoalmente a quem o busca com sinceridade.
  • A paz e o Espírito são dons do Messias à sua comunidade de discípulos.
  • A dúvida, quando levada à presença de Deus, pode se transformar em uma das mais belas confissões de fé.

Principais versículos:

  • João 20 1 — “No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que a pedra da entrada havia sido removida.”
  • João 20 16 — “Jesus lhe disse: Maria! Ela se voltou e exclamou em aramaico: Raboni! (que significa Mestre).”
  • João 20 21-22 — “Assim como o Pai me enviou, eu os envio. E com isso, soprou sobre eles e disse: Recebam o Espírito Santo.”
  • João 20 28 — “Disse-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”
  • João 20 29 — “Porque me viu, você creu? Bem-aventurados os que não viram e creram.”
  • João 20 31 — “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e crendo, tenham vida em seu nome.”

Resumo em áudio:


A Ressurreição de Jesus (João 20:1-10)

1No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada havia sido removida. 2Então, correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse:

― Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!

3Pedro e o outro discípulo saíram e foram para o sepulcro. 4Os dois corriam, mas o outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 5Abaixou‑se para olhar e viu as faixas de linho ali, mas não entrou. 6A seguir, Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, 7bem como o pano que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual estava dobrado à parte, separado das faixas de linho. 8Depois, o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu. 9Até então não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dentre os mortos. 10Os discípulos voltaram para casa.

Comentários:

A primeira pessoa que testemunhou a ressurreição do Messias foi Maria Madalena. Depois dela, Pedro e João também estiveram no sepulcro, seguidos pelos demais discípulos.

O corpo do Messias havia sido cuidadosamente enrolado em um pano, chamado em latim de sudário. Esse cuidado era uma prática comum entre os judeus, por causa da crença na ressurreição dos mortos, em que o corpo seria restaurado por Deus no fim dos tempos. Por isso, o preparo do corpo carregava um significado espiritual: ele era preservado com dignidade para esse momento de esperança.

O túmulo vazio revela que Jesus estava livre das amarras da morte. O pano e o linho que envolviam seu corpo estavam no chão, sinal visível de que a morte havia sido vencida. Pedro e João foram testemunhas desse fato. João chegou primeiro, viu e creu. Em seguida, Pedro entrou e também confirmou o que havia acontecido.

As Escrituras validam esse tipo de testemunho: a confirmação de dois homens dava autoridade à evidência. O Evangelho de João destaca esse detalhe, reforçando que a ressurreição não foi uma lenda, mas um evento real, presenciado por testemunhas confiáveis.


A Aparição de Jesus a Maria Madalena (João 20:11-18)

11Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou‑se para olhar dentro do sepulcro 12e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.

13Eles lhe perguntaram:

― Mulher, por que você está chorando?

― Levaram o meu Senhor — respondeu —, e não sei onde o puseram.

14Nisso, ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu.

15Ele disse:

― Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando?

Pensando que fosse o jardineiro, ela disse:

― Se o senhor o levou, diga‑me onde o colocou, e eu o levarei.

16― Maria! — disse Jesus.

Então, voltando‑se para ele, Maria exclamou em hebraico:

― Raboni! — que significa “Mestre!”.

17Jesus disse:

― Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, aos meus irmãos e diga‑lhes: “Estou voltando para o meu Pai e o Pai de vocês, para o meu Deus e o Deus de vocês”.

18Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos:

― Eu vi o Senhor!

Então, contou‑lhes o que ele lhe dissera.

Comentário:

Maria não reconheceu o Messias à primeira vista após sua ressurreição. Ela só percebeu quem estava diante dela quando ele a chamou pelo nome.

Ao entrar no sepulcro, Maria viu dois anjos e, ao se virar, encontrou alguém que julgou ser o jardineiro. O texto não detalha por que ela não reconheceu Jesus, mas podemos entender: Maria esperava encontrar um corpo morto, não um Messias vivo. Isso provavelmente contribuiu para sua confusão.

O contexto também favorece o mal-entendido: ela estava em um jardim, e Jesus pode ter assumido uma postura ou aparência que reforçou essa percepção. Contudo, há aqui um simbolismo importante para nossa compreensão. Jesus é frequentemente apresentado como o “novo Adão” pelas Escrituras (1 Coríntios 15:45-47; Romanos 5: 12-21), e o jardim onde tudo isso acontece remete ao Éden. No primeiro jardim, o pecado entrou no mundo. Agora, neste novo jardim da ressurreição, a vida vence a morte. Em Gênesis 2:15, Deus colocou Adão para cuidar do jardim. Agora, o segundo Adão, Jesus o Messias, se manifesta em um novo jardim, não para cuidar da terra, mas para restaurar a criação.

Como diz o apóstolo Paulo:

“O primeiro homem, Adão, tornou‑se um ser vivente”; o último Adão, espírito que dá vida. Não foi o espiritual que veio primeiro, mas o natural; depois dele, o espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu.”

(1 Coríntios 15:45-47)

Tudo isso aponta para a ação de Deus por meio do Messias: restaurando, renovando, trazendo vida onde antes havia morte. O encontro de Maria com Jesus no jardim é o anúncio de que a nova criação já começou.


A Aparição de Jesus aos Discípulos (João 20:19-23)

19Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas fechadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs‑se no meio deles e disse:

― Paz seja com vocês!

20Tendo dito isso, mostrou‑lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram‑se quando viram o Senhor.

21Novamente, Jesus disse:

― Paz seja com vocês! Como o Pai me enviou, assim eu os envio.

22Depois de dizer isso, soprou sobre eles e disse:

― Recebam o Espírito Santo. 23Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados.

Comentário:

Após a morte do Messias, os discípulos estavam reunidos com as portas trancadas, afastados da sociedade. Foi nesse ambiente de insegurança que Jesus apareceu no meio deles, trazendo paz. Sua presença trouxe consolo e esperança. Ele mostrou as marcas da crucificação, sinal de que estava vivo. Em seguida, soprou sobre eles o Espírito Santo, a essência divina que instrui, fortalece e renova o cansado.

Esse sopro remete ao princípio da criação, quando Deus soprou vida em Adão. Agora, no início da nova criação, o Messias sopra vida espiritual sobre seus discípulos.

Em seguida, Jesus lhes dá autoridade:

  • Aqueles a quem perdoarem, serão perdoados;
  • Aqueles de quem não perdoarem, estes, não serão perdoados.

Essa autoridade não anula o fato de que o perdão pertence a Deus. No entanto, o Messias está delegando aos seus discípulos a função de anunciar e confirmar o perdão de forma visível. Essa missão exige discernimento, e Jesus nos deixou critérios para isso: Um fruto não pode estar tão longe de sua árvore, e conhecerás alguém verdadeiramente por seus frutos e não pela aparência da árvore (Mateus 7: 16).

Ao longo das Escrituras vemos exemplos de homens autorizados por Deus para declarar o perdão. Natã, profeta do Senhor, foi usado para anunciar a Davi que seu pecado havia sido perdoado (2 Samuel 12:13). Não era um juízo humano, mas uma confirmação da graça de Deus sobre a vida de Davi, intermediada pelo profeta.

Assim também os discípulos receberam autoridade para agir em nome do Messias, revestidos do Espírito, como instrumentos da nova criação.


A Incredulidade de Tomé (João 20:24-29)

24Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. 25Os outros discípulos lhe disseram:

― Vimos o Senhor!

Ele, porém, lhes disse:

― Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o dedo onde estavam os pregos e não puser a mão no seu lado, não crerei.

26Uma semana depois, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé estava com eles. Apesar de estarem fechadas as portas, Jesus entrou, pôs‑se no meio deles e disse:

― Paz seja com vocês!

27Jesus disse a Tomé:

― Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a sua mão e coloque‑a no meu lado. Pare de duvidar e creia.

28Tomé lhe disse:

― Senhor meu e Deus meu!

29Então, Jesus lhe disse:

― Porque me viu, você creu? Bem-aventurados os que não viram e creram.

Comentário:

Naquele ambiente de alegria e surpresa pela presença do Messias ressuscitado, Tomé se destacou por sua ausência. Ele não estava presente quando Jesus apareceu pela primeira vez aos discípulos e soprou sobre eles o Espírito. Ao ouvir o testemunho dos demais, Tomé declarou que só creria se pudesse ver e tocar as feridas do Messias. Essa cena nos apresenta uma das mais fortes declarações da Bíblia sobre a fé.

Jesus responde a Tomé:

“Porque me viu, você creu? Bem-aventurados os que não viram e creram.”

(João 20 29)

A fé é a base do Reino que o Messias veio plantar. O que Deus requer dos seus filhos é confiança, mesmo sem provas visíveis. Ainda que tenhamos momentos de dúvida, como Tomé teve, o convite de Jesus é para crer, não por causa da visão, mas por causa da revelação. Ao ver o Messias e tocar suas marcas, Tomé declarou: “Meu Senhor e meu Deus.” E essa é uma das confissões mais diretas da divindade de Jesus. Não foi apenas um momento emocional, mas uma confissão espiritual.

A divindade do Messias não é ensinada apenas na Nova Aliança. Textos como Isaías 9:6-7 o descrevem como Deus Poderoso, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Jeremias 23:5-6, Miqueias 5:1 e Provérbios 30:4 também apontam para um Messias que é mais do que um homem: ele é divino.

A experiência de Tomé nos ensina que a dúvida não precisa ser o fim da fé. Pode ser o caminho para uma fé ainda mais firme. Se houver dúvidas em seu coração, pergunte ao Senhor. Talvez esteja faltando um tempo mais com as Escrituras.

Afinal, “a fé vem por ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10:17).


O Propósito do Evangelho (João 20:30-31)

30Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais milagrosos, que não estão escritos neste livro. 31Estes, porém, foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, crendo, tenham vida em seu nome.

Comentário:

João, assim como os outros evangelistas, registrou aquilo que ouviu, testemunhou e viveu ao lado de Jesus. Parte dos relatos também nasceu da memória coletiva do povo, que compartilhava histórias sobre o Messias. Embora muitas outras ações e palavras de Jesus não tenham sido escritas, como o próprio João afirma, os registros que temos são suficientes e essenciais para que possamos viver com propósito na criação de Deus.

O principal objetivo de João ao escrever este Evangelho é despertar fé nos corações das pessoas. Ele narra as ações de Jesus de forma a revelar seu poder e autoridade em diversas situações, trazendo clareza sobre quem é o Messias.

Naquele tempo, especialmente em contextos de influência grega, muitos acreditavam em uma diversidade de deuses e mitologias. João, em sua escrita, apresenta a autoridade e poder do Messias, destacando como Ele é o único capaz de trazer sentido à vida e responder às questões mais profundas do ser humano.


Glossário de Termos-Chave

  • Ressurreição: O ato de Jesus se levantar da morte, superando-a e retornando à vida com um corpo glorificado. É o evento central da fé cristã.
  • Sepulcro: Túmulo, geralmente uma caverna ou cova escavada na rocha, onde o corpo de Jesus foi colocado após sua crucificação.
  • Faixas de linho: Pedaços de tecido nos quais o corpo de Jesus foi cuidadosamente enrolado para o sepultamento, de acordo com as práticas funerárias judaicas.
  • Sudário: O pano específico que estava sobre a cabeça de Jesus no sepulcro, encontrado dobrado à parte, distinto das faixas de linho.
  • Messias: Termo hebraico que significa “ungido” (equivalente a “Cristo” em grego), referindo-se ao salvador prometido por Deus ao povo de Israel.
  • Novo Adão: Conceito teológico que descreve Jesus como a nova cabeça da humanidade, que inverte a queda causada por Adão e inaugura uma nova criação e uma nova vida espiritual.
  • Raboni: Termo hebraico/aramaico que significa “Meu Mestre” ou “Meu Grande Mestre”, uma forma de tratamento respeitosa e afetuosa para um professor ou líder espiritual.
  • Espírito Santo: Espírito Santo de Deus (Ruach Hakodesh – palavra hebraico para Espírito de Deus), que Jesus soprou sobre os discípulos, representando a capacitação divina, a vida espiritual e a autoridade para a missão.
  • Dídimo: Sobrenome de Tomé, que significa “Gêmeo”.
  • Fé: Confiança e crença em Deus e em suas promessas, mesmo na ausência de provas visíveis ou físicas. O Evangelho de João enfatiza a fé como um caminho para a vida eterna.
  • Divindade de Jesus: A crença de que Jesus não é apenas um homem, mas também Deus, conforme explicitamente confessado por Tomé (“Senhor meu e Deus meu”).
  • Sinais Milagrosos: Os milagres e prodígios realizados por Jesus, registrados no Evangelho de João com o propósito de revelar sua identidade divina e despertar a fé.

Estudando a Bíblia

Tanach & Brit Hadashá

www.estudandoabiblia.org


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