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O que irá aprender:

• Entendendo o conceito bíblico de família;
• Pegando como exemplo a vida de Ana e Penina, Elcana e Samuel;
• Como devemos nos portar e glorificar a Deus;
• O Senhor escolhe conforme o coração e não a aparência;
• Oração de Ana, profética.

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Este é parte de estudos voltados a família, acompanhe os estudos anteriores:

• Família. Qual foi o plano de Deus para unir, frutificar e povoar a terra;
• Família. Exemplos de um casal bíblico e o casamento judaico;
• Família. Jacó e sua família.

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Ouça o Podcast do estudo

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Ana e Elcana

1° Samuel capítulos 1 e 2.

No início do livro, temos o relato que Elcana era temente a Deus, ele fazia sacrifícios todos os anos em Siló onde estava o Santuário. Elcana e possuía duas esposas: Ana (Hanna) e Penina (P´ninah). O texto cita Ana primeiro antes de Penina como sua esposa. Com Penina Elcana possuía filhos e filhas, “acredita-se” que são dez no total. Com Ana, Elcana não possuía filhos (a).  Penina zombava de Ana por ela não ter filhos e isso fazia de Ana uma pessoa infeliz. Todos os anos Elcana ia com sua família a Siló adorar ao Senhor, Elcana dava uma porção a cada um de seus filhos e filhas e sua esposa, Penina e a Ana, ele dava porção dobrada, pois amava mais ela do que Penina. Elcana achava que ele era melhor para Ana do que dez filhos, pois com ela não havia nenhum e ele a perguntava se ela não iria um dia melhorar seu humor, sua falta de apetite e tristeza. Elcana achava que por dar o dobro da porção a Ana, fazia dela uma pessoa mais feliz. Ana queria uma família e não um homem que se dividisse em duas famílias. Elcana não enxergava a necessidade que Ana tinha dele em ser uma família completa, e achava que sua companhia bastasse para que ela fosse feliz.

Comentários:

A cultura da época permitia Elcana ter duas mulheres, podemos imaginar pelo fato de o autor citar o nome da Ana em primeiro como sua esposa, talvez esse seja o fato de Elcana ter uma segunda mulher, pois Ana era estéril.

Ana faz um pedido a Deus

Ana de tanto chorar e se amargurar por essa situação e ainda ver sua rival debochar dela por não ter filhos, faz um pedido a Deus; o Senhor dos exércitos. (1° Samuel 1:11) Ela diz: Senhor dos exércitos, se tu atentares para quão humilhada está tua serva, e se te lembrares de mim e não te esqueceres da tua serva, mas deres á tua serva um filho homem, então eu o darei ao Senhor por todo o tempo que ele viver; e lâmina nenhuma jamais virá sobre sua cabeça.

Comentário:

Poderíamos pensar que o fato de Ana mencionar que lâmina nenhuma passaria em sua cabeça Samuel poderia ser Nazireu (Números 6:1). O texto não é claro em dizer isso, sabemos que Elcana descendia da tribo de Levi (1° Crônicas 6:13). A tribo de Levi não recebeu terras em Israel e eles eram conhecidos pelas terras em que moravam. Por isso no início do livro, vemos o autor citar que Elcana morava nas montanhas de Efraim e cita os nomes dos seus pais. Pelo fato de o autor citar o nome dos antepassados, isso é um claro indício que sua família tinha um importância. O destaque é o fato de ele pertencer a tribo de Levi e seu filho poder exercer uma função no santuário em Siló. Ana não quis um filho para falar que é dela, ela tinha um propósito maior. Ana queria alguém para servir ao Senhor. Ela queria ter a prova de que tinha condições de ter uma criança em seu colo e assim se livrar da humilhação que tanto lhe assolava. Foram muitas as vezes em que ela foi a Siló ao tabernáculo (santuário) do Senhor e lá chorava sem parar que o sacerdote Eli achava que ela estava bêbada, pois balbuciava mas não saia som de sua boca. Na verdade, Ana estava orando em pensamento.

Comentários:

Eli achou que ela estivesse bêbada, pois era festa das Tendas. Todos os anos os Israelitas iam ao Santuário comemorar a festa das Tendas. Havia vinho e alegria, por isso ele possa ter achado que ela estivesse bêbada.

Oração de Ana

Depois que o Senhor dos exércitos tirou a esterilidade de Ana e ela pôde conceber um filho, ela consagrou Samuel aos serviços do Santuário em Siló. O menino foi desmamado e naquele tempo as crianças desmamavam-se tarde, Ana cumpriu seu voto com o Senhor, Deus. Ana fala do que sente em seu coração e agradece a Deus por ele ter restaurado a dignidade dela. Os inimigos já não zombam mais dela e isso a torna feliz. Ana diz: “Meu coração exulta em Deus, o Senhor”. “Ninguém é Santo como o Senhor Deus”. “Não há rocha como o nosso Deus”.

Comentários:

Ana consagrou Samuel ao exercício do Santuário. Assim como Rebeca era estéril e orou ao Senhor para que pudesse ter filhos, assim aconteceu com Ana. Os cabelos longos de Samuel, é sinal dessa consagração. Elcana não interferiu na decisão de Ana e a incentivou a fazê-la o que o Senhor Deus havia mandado.

Ana faz alguns alertas ás pessoas em forma de oração: 1° Samuel 2.

“Parem com suas ostentações arrogantes!” Não deixem que a arrogância venha de sua boca! Porque o Senhor é o Deus do conhecimento, e ele julga as ações. Os arcos fortes são quebrados, enquanto os fracos são armados com força. Os bem alimentados vendem-se por pão, enquanto aqueles que estavam famintos não têm mais fome. A mulher estéril gerou sete filhos e filhas, enquanto a mãe de muitos enfraquece. Não pense você por ter muito faz de você melhor que alguém. Não se engrandeça por ser abençoada (a), não humilhe ninguém, pois o Senhor tudo vê e recompensa aqueles (a) conforme suas ações. Porque não é pela força que uma pessoa prevalece – os que lutam contra Deus serão quebrados.

Comentários:

Penina tinha tudo, mas não tinha nada. O fato dela debochar de sua rival fez de Ana aquela oração. A que era humilhada, foi abençoada por Deus. O Senhor dos Exércitos tirou a esterilidade de Ana e pôde fazer dela uma pessoa mais feliz.

Samuel, o escolhido de Deus

Samuel foi consagrado ao Senhor e ficou nos serviços do Santuário e Eli, o sacerdote da época ficou com os cuidados do menino. O Senhor Deus escolheu alguém para o servir vindo de uma pessoa que era a menos provável aos olhos humanos. Ana era infeliz, era estéril, era odiada por Penina e o próprio sacerdote Eli, achava que ela era bêbada.  O único filho que ela pediu a Deus, ela consagrou a Deus e cumpriu sua palavra. Ela não esperava por outros, mas Eli a abençoou e disse: “Que o Senhor Deus dê a você filhos por causa do menino que entregaram ao Senhor.” O Senhor abençoou o ventre de Ana e ela teve mais três filhos e duas filhas. Enquanto isso, Samuel crescia no entendimento da Palavra do Senhor e ministrava no Santuário. Mesmo com todos aqueles exemplos negativos que os filhos de Eli tinham, Samuel não se deixou levar pelo exemplo. Samuel crescia em entendimento e foi chamado por Deus para dar o exemplo a toda comunidade de Israel e assim glorificar a Deus através de seus exemplos.

Conclusão:

O Senhor escolheu a mais fraca e incapacitada mulher para gerar um filho que pudesse servi-lo. Permitiu que Samuel vivesse em meio ás pessoas que não eram exemplos a serem seguidos. O Senhor encheu de poder e capacitou Samuel para servir no Santuário. Samuel foi o último juiz e rei que Israel teve. Quando o povo pediu um rei, Samuel ficou furioso com a atitude do povo, mas o Senhor disse: “Não é a você (Samuel) que eles estão rejeitando, mas a mim quem este povo rejeita”. (1° Samuel 8:7).

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