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Sumário
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Título | Estudo Bíblico – Evangelho de Mateus |
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Premissa | Compreender a Bíblia no contexto original judaico. |
Escrito por | Fernando Rabello – fernandorabello@estudandoabiblia.org |
Capítulo 25
Parábola das dez virgens
O que será então dos que esperam firmes na vinda do Senhor? Será que se manterão zelosos e esperançosos? Pois Jesus afirma que o Reino dos Céus pode ser comparado a dez virgens que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Dessas dez, apenas metade estava preparada. Jesus faz uma analogia, sugerindo que no Reino dos Céus entrarão aqueles que são prudentes e se prepararam para essa vinda.
Na parábola, todas as virgens acabam dormindo, mas à meia-noite ouve-se um grito: “O noivo vem aí! Venham ao encontro dele”. Jesus usa o exemplo da lâmpada da época para simbolizar a preparação necessária para a sua vinda. Ascender uma lâmpada exigia combustível, como o azeite, e manter a lâmpada acesa demandava planejamento, incluindo a quantidade adequada de azeite para sustentar a fonte de luz. Da mesma forma, nossa espera não deve ser apenas uma lembrança das palavras de Jesus sobre seu retorno. A espera deve ser uma esperança firme, baseada na convicção de que Ele virá e transformará nossas vidas e o que nos rodeia. De nada adianta afirmar que estamos esperando por Jesus, se estamos contaminados pelo pecado e com as vestes sujas.
Estar preparado é estar vigilante aos nossos atos, nos quais cada passo reflete nossa fé e esperança na vinda do Senhor. Sim, somos pecadores. No entanto, estar vigilante significa viver de acordo com as palavras de Jesus, onde a santidade é essencial para aqueles que desejam se manter salvos. Pois, quando o Messias chegar, teremos o azeite necessário para manter nossa luz acesa.
É importante alertar que se preparar na última hora será insuficiente. O noivo chegará e fechará a porta que dá acesso ao Reino dos Céus. Naquele momento, ouvir-se-á do Senhor: “Não vos conheço”. Portanto, não adiantará bater à porta quando for tarde demais.
Parábola dos talentos
Nesta parte, Jesus conclui seus ensinamentos por meio de parábolas sobre sua vinda e nossa responsabilidade enquanto aguardamos seu retorno. A parábola dos talentos simboliza nossos frutos e ações em relação ao Reino dos Céus. O Senhor Jesus é representado pelo homem que viaja para o estrangeiro e confia seus bens aos seus servos, distribuindo quantias de acordo com a capacidade de cada um, na expectativa de que valorizem e administrem bem esses bens.
Segue-se um relato do que cada servo fez na ausência de seu Senhor:
- O primeiro servo, que recebeu cinco talentos, trabalhou com eles e ganhou mais cinco, totalizando dez talentos.
- O segundo, que recebeu dois talentos, também os multiplicou, ganhando mais dois, totalizando quatro talentos.
- O terceiro, que recebeu um talento, cavou uma cova e enterrou o talento do Senhor ali.
Agora, reflitamos: qual destes três servos administrou melhor os bens de seu Senhor? Na parábola de Jesus, são destacados os dois primeiros servos. O terceiro servo, ao contrário, enterrou o bem confiado a ele e ainda lançou uma visão negativa sobre seu Senhor, acusando-o de colher onde não semeia e de ajuntar onde não espalha.
Essa parábola é dirigida a nós, servos de Jesus. Interroguemo-nos sobre quais bens nosso Senhor nos deixou. Entre eles estão Sua Palavra edificadora, Seus ensinamentos, Sua graça e misericórdia. Se Jesus distribuiu Seus bens de acordo com nossa capacidade individual, cabe a nós responder com excelência, administrando esses bens da maneira mais adequada. Temos o exemplo inspirador do servo bom e fiel que, ao receber cinco talentos, os transformou em dez. Da mesma forma, o servo que recebeu dois talentos dobrou seu valor e os entregou ao Senhor.
Assim ocorre na vida daqueles que recebem a graça e a misericórdia de Deus. Junto a esses dons divinos, recebemos também a Palavra viva, que tem o poder de edificar lares e fortalecer corações. Ao multiplicarmos os bens que o Senhor Jesus nos confia, como a prática e o compartilhamento do Evangelho da Salvação, contribuímos para um mundo melhor. Cada um de nós, ao aplicar e disseminar esses ensinamentos, verá esses bens se multiplicarem, recebendo de acordo com sua capacidade e dedicação. Importante destacar que tudo que Jesus nos confiou é ensinável, pode ser praticado e compartilhado. Na visão contemporânea, a Palavra de Deus é como um “removedor de vazios”, preenchendo lacunas existenciais e trazendo plenitude à vida.
Contemplemos agora o destino do servo ineficaz. Ele acabou sem nada, enviado às trevas, afastado da presença do Senhor. Esse servo, ao receber um talento, não soube multiplicá-lo, guardando-o somente para si, de modo que ninguém pôde usufruir desse bem, resultando em sua condenação e morte espiritual. Pois uma árvore frutífera não dá frutos para si mesma, mas para aqueles ao seu redor. Se escondermos o talento que Deus nos deu, sem aplicá-lo em nossas vidas, agiremos como o servo ineficaz, enterrando nosso talento e, inadvertidamente, culpando a Deus por nossas falhas. Lembre-se: “Aquele que esconde seu talento, até o que não tem será retirado”.
Quando você aplicar esses conceitos em sua vida, tenha em mente as palavras de Jesus: “Servo bom e fiel, porque a quem tem, mais será dado em abundância…”.
O último julgamento
Diante dos ensinamentos contidos no livro de Mateus, bem como em toda a Bíblia, entendemos que um julgamento final aguarda a todos. Neste julgamento, seremos avaliados não apenas pela nossa fé, mas também pelas nossas ações neste mundo. A fé é fundamental em nossas vidas, e, se estiver firmemente arraigada em nós, enfrentaremos o retorno de nosso Senhor sem preocupações. Porém, é crucial lembrar: fé sem obras é morta.
O que acontecerá quando nosso Senhor retornar em poder e grande glória, acompanhado por todos os anjos? Todos na Terra estarão diante do Senhor, e Ele fará a separação: uns à sua direita e outros à sua esquerda. Aqueles à sua direita herdarão o Reino preparado desde a fundação do mundo. Por outro lado, os que forem colocados à esquerda de Jesus enfrentarão um destino sombrio: serão lançados no abismo da morte, para o castigo eterno originalmente preparado para Satanás.
Jesus afirma categoricamente que nossas ações podem ser o diferencial para a absolvição do castigo eterno. Ele destaca a importância de cuidar do próximo, ressaltando a relevância desse ato para o Reino dos Céus. É fundamental entender que não realizamos boas obras para ser salvos; ao contrário, somos salvos para realizar boas obras. Essa distinção é crucial para nossa compreensão.
Se a motivação por trás de ajudar o próximo é meramente obter a salvação ou demonstrar merecimento, estamos agindo de forma equivocada. A verdadeira motivação deve ser o desejo de que nosso próximo tenha um encontro genuíno com Deus, reconhecendo que por nós mesmos, não merecemos nada d’Ele. Agindo com boas intenções e guiados pelo Espírito de Deus, estaremos contribuindo de maneira significativa para o Reino dos Céus, que está preparado para nós desde a fundação do mundo.
Fernando Rabello (11) 9 5489-8507
fernandorabello@estudandoabiblia.org
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