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Sumário
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Título | Estudo Bíblico – Evangelho de Mateus |
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Premissa | Compreender a Bíblia no contexto original judaico. |
Escrito por | Fernando Rabello – fernandorabello@estudandoabiblia.org |
Capítulo 26
Conspiração contra Jesus
Quando Jesus terminou essas palavras, disse aos seus discípulos que, em dois dias, seria a Páscoa e que ele seria entregue às autoridades judaicas para ser crucificado e morto. Naquela época, Caifás era o sumo sacerdote e, junto com seus colegas, premeditou o assassinato de Jesus, planejando que não ocorresse na Páscoa, para evitar tumulto entre o povo.
Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, Maria trouxe um frasco de perfume caríssimo e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Os discípulos, indignados, argumentaram que o valor do perfume era elevado; poderia ter sido vendido e o dinheiro usado para ajudar os pobres, conforme a Lei judaica determinava para as boas obras e esmolas. O que os discípulos ainda não haviam percebido era que Jesus estava sendo preparado para sua morte, e aquele gesto de Maria era parte dessa preparação para a sepultura. Jesus inclusive mencionou que o ato de Maria seria lembrado em todo o mundo quando o Evangelho fosse proclamado. A preparação para a morte de Jesus não foi compreendida pelos discípulos, pois ele ainda estava vivo. O ato de Maria, ao perfumar o corpo de Jesus, era semelhante ao que se fazia com os falecidos para evitar o mau odor. Sabendo de sua iminente morte e crucificação, Jesus entendeu que não haveria tempo nem lugar para ser perfumado posteriormente, tornando aquele momento com Maria crucial para tal preparação.
Preparação para a traição de Judas
Judas, o Iscariotes, foi até os chefes dos sacerdotes e disse o que eles dariam para ele afim de entregar Jesus. Fora dado trinca siclos a Judas o equivalente ao preço para a libertação da vida de um escravo na época. A partir do momento em que Judas recebeu antecipadamente o valor para entregar Jesus, ele ficou a espreita esperando o momento para o entregar.
Preparativos para a ceia Pascal e o anúncio da traição de Judas Iscariotes
No primeiro dia dos pães ázimos, ou seja, no início da semana em que se comiam pães sem fermento, os discípulos aproximaram-se de Jesus perguntando onde preparariam o jantar da Páscoa. Jesus instruiu os discípulos a irem à cidade e procurarem a casa de uma pessoa específica, dizendo: “O Mestre diz: ‘Meu tempo está próximo. Em sua casa celebrarei a Páscoa com meus discípulos.’”
Para sincronizar essa narrativa com a festa da Páscoa, precisamos revisitar Êxodo 12:1. A Páscoa é celebrada no dia 14, mas já no dia 10 os israelitas começavam a preparar a festa, removendo o fermento de suas casas. Simbolicamente, remover o fermento significava expurgar todo pecado, servindo como uma representação visual da importância de eliminar o pecado. Assim como o fermento dá volume e leveza à massa, o pecado frequentemente nos atrai com sua aparência enganosa. Podemos ser tentados a seguir caminhos que parecem atraentes ou prazerosos, mas que nos desviam da vontade de Deus. É crucial reconhecer como o pecado pode nos enganar e buscar a verdadeira beleza que emana de uma vida alinhada com os princípios divinos. Ao remover o “fermento” que simboliza o pecado, os discípulos e todo o povo judeu puderam se preparar para a festa da Páscoa. Foi assim no início da semana quando Jesus se preparava para a ceia com seus discípulos, e é assim que o povo judeu ainda pratica.
Simbolismos entre o pecado e o fermento
O fermento confere à massa volume e beleza, e o pecado nos atrai com as mesmas características: volume e beleza. Comparando a massa com o nosso corpo, notamos uma semelhança entre as matérias; quando nosso corpo se corrompe com o pecado, sentimos seus efeitos. Assim como o fermento na massa, sem ele, a massa se torna autêntica e verdadeira. Deus deseja que sejamos sinceros e verdadeiros em nossa relação com Ele, chamando-nos a nos despojarmos do pecado que nos afasta Dele. A remoção do fermento é um lembrete da importância de sermos genuínos diante de Deus, sem máscaras ou falsidades.
Anúncio da traição de Judas
Já de noite, Jesus estava à mesa com os doze no local previamente combinado com seus discípulos. Durante a refeição, Jesus revelou que um deles o trairia. Todos, exceto um, ficaram entristecidos e começaram a perguntar, um a um, se seriam o traidor. Jesus indicou que o traidor era aquele que comia com ele no mesmo prato, e que seria essa pessoa quem o entregaria. Diante de todos, Jesus afirmou que tudo ocorreria conforme as Escrituras sobre o Messias, mas pronunciou um “ai” para o homem por quem Ele seria entregue, dizendo que seria melhor para esse homem não ter nascido. Descaradamente, Judas, o traidor, perguntou a Jesus se seria ele o traidor.
Para entender a mensagem de Jesus sobre as Escrituras hebraicas a respeito do Messias, podemos consultar Isaías 53. Inclusive, o “ai” pronunciado por Jesus faz referência a Isaías, que frequentemente usava “ai” como um pronunciamento de juízo divino ao povo. A leitura das Escrituras nos permitem aprofundar nosso entendimento sobre o que aconteceu com o povo judeu e com Jesus. “Leia Isaías 53, não esqueça.”
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças a Deus, o abençoou, partiu-o e, distribuindo aos discípulos, disse: “Peguem e comam; isto simboliza o meu corpo que é dado em favor de vocês.” Em seguida, pegou um cálice de suco de uva, deu graças a Deus e disse aos discípulos: “Bebam todos deste cálice, pois ele simboliza o meu sangue, que é a ¹Aliança feita em favor de todos para ²expiar os pecados.” Jesus afirmou que não beberia mais do fruto da videira até o dia em que beberia o novo vinho no Reino de Deus.
Analogias entre o sangue e a aliança do cordeiro
No tempo do Êxodo com os israelitas uma aliança foi selada entre o povo e seu Deus, para poupar a nação de Israel da morte de todo primogênito no Egito, os israelitas colocaram o sangue do cordeiro nos umbrais das portas de suas casas para que, quando o anjo destruidor passasse, poupasse as casas marcadas com o sangue. Esse foi o método que Deus usou para salvar os israelitas da morte e permitir que continuassem sua jornada na terra. Da mesma forma, a Aliança do Messias com a humanidade foi prefigurada nos sacrifícios antigos, em que o pecado era expiado com o sangue de um cordeiro. Esse cordeiro simbolizava Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Podemos compreender que tudo o que ocorreu no passado com os israelitas era uma prefiguração dos planos de Deus para a vinda do Messias, apontando para Ele e através Dele somos salvos da morte. Assim como o sangue de touros foi aspergido sobre o povo quando Moisés selou a primeira Aliança no Monte Sinai (Êxodo 24:7-9), Jesus selou a nova Aliança, reforçando o cuidado de Deus com Seus filhos. Isso é uma declaração de amor a toda humanidade, mostrando que Jesus nos amou primeiro.
A negação de Pedro é predita por Jesus
Ao término do jantar de Páscoa e após terem cantado os hinos de ³Hallel, Jesus e seus discípulos dirigiram-se ao monte das Oliveiras. Este local, frequentemente visitado por Jesus para orar, possui um simbolismo profundo: o azeite, usado para ungir reis e curar feridas, é produzido aqui. Nas proximidades, encontram-se as oliveiras das quais se extraía um dos melhores azeites.
Jesus disse aos discípulos que, naquela noite, eles se escandalizariam pelo que aconteceria com Ele. Recordem-se que Jesus já havia predito sua morte e ressurreição e, durante a ceia, anunciou a traição por um deles. Jesus explicou que o escândalo seria ver o Mestre ser preso, julgado e morto sem resistência, abalando a fé e a coragem dos discípulos. Citando Zacarias 13:7, Jesus quis prepará-los para entender que os planos divinos estavam se cumprindo e que, apesar de sua morte, haveria esperança na ressurreição:
“Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos;
fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos.”
Pedro, ouvindo isso, afirmou veementemente que jamais se escandalizaria e sempre permaneceria ao lado de Jesus, mesmo que custasse sua vida. Os outros discípulos ecoaram essa determinação. No entanto, Jesus alertou que, naquela mesma noite, Pedro o negaria três vezes. Apesar das advertências de Jesus, os discípulos continuaram a negar tal possibilidade. Em vez de se unirem a Jesus em oração, optaram por rejeitar a realidade iminente, esperando ver se os eventos se desenrolariam como previsto antes de agir.
Esse comportamento é típico dos seres humanos: frequentemente aguardamos os eventos acontecerem, mesmo sabendo que ocorrerão, para então reagir, em vez de tomar medidas preventivas.
A oração do Messias no Getsêmani
Anteriormente mencionamos que Jesus e seus discípulos estavam no monte das Oliveiras, próximo ao Getsêmani, um jardim renomado por suas excelentes azeitonas. Foi nesse local que Jesus escolheu Pedro, Tiago e João para acompanhá-Lo, enquanto os outros discípulos permaneceram um pouco mais distantes. Foi na presença de Tiago e João que Jesus, profundamente perturbado, expressou sua angústia, ecoando as palavras do Salmo 42:6: “Minha alma está triste até a morte”.
Confrontado com a iminente chegada dos soldados para prendê-Lo, Jesus dirigiu-se ao Pai em oração, pedindo: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Ele repetiu essa súplica três vezes, reforçando a cada vez o desejo de submeter-se à vontade divina.
Este momento revela a humanidade de Jesus, que, apesar de compreender o sofrimento que se aproximava e desejar evitar a morte, manteve-se fiel à missão designada por Deus.
Pausando aqui, convidamos a refletir sobre a magnitude da aflição de Jesus. É difícil imaginar a extensão do sofrimento que Ele enfrentou para que hoje possamos ser chamados filhos de Deus. Esse sacrifício deve ser um lembrete contínuo de que um justo sofreu por nós, e devemos manter uma gratidão eterna pelo Salvador. Que esse pensamento nos fortaleça nos momentos em que pensamos em desistir da jornada com Deus, lembrando-nos do alto preço pago por nossa salvação.
Um lembrete importante: “Nossa salvação significa ter amizade com Deus e ser dignos de ser chamados Seus filhos”. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ninguém!
Retomando a narrativa, enquanto Jesus orava, os discípulos, sucumbindo ao cansaço, adormeceram. Em todas as três vezes que Jesus foi verificar, encontrou-os dormindo, repreendendo-os por não conseguirem vigiar sequer por uma hora. Na terceira vez, Ele disse que agora poderiam descansar à vontade, pois chegara a hora de ser entregue nas mãos dos pecadores.
Esse episódio contrasta a fragilidade humana, evidenciada pelo cansaço dos discípulos, com a determinação espiritual de Jesus. Ele passou a madrugada orando, buscando forças no Espírito, enquanto os discípulos, apesar de suas boas intenções, cederam ao sono. Aqui vemos o desafio constante entre as necessidades físicas e a busca espiritual, onde o espírito está disposto, mas a carne é forte a ponto de submeter à vontade do espírito. Jesus pediu aos discípulos que orassem continuamente, mas, infelizmente, eles não conseguiram atender a esse chamado.
A prisão do Messias
Jesus e alguns discípulos passaram a noite no jardim do ⁴Getsêmani. Durante a madrugada, Judas Iscariotes, um dos doze, chegou acompanhado de uma multidão armada com espadas e paus, juntamente com os chefes dos sacerdotes e anciãos do povo. Judas identificou Jesus com um beijo, sinal para a multidão prender aquele a quem ele beijasse. Jesus, ao ser abordado por Judas, o cumprimentou com as palavras: “Amigo, por que estás aqui?” Essa interação pode ter provocado uma intensa reflexão em Judas, ou talvez ele a tenha ignorado, já profundamente imerso em suas ações traiçoeiras. De qualquer forma, seu destino já havia sido selado quando ele aceitou as moedas e permitiu que Satanás o usasse para seus propósitos.
A multidão, equipada para capturar um criminoso e agia como se estivesse em busca de um fugitivo chegaram de madrugada para evitar alertar as pessoas e a vizinhança Jesus observou que, apesar de ter ensinado abertamente no Templo, não foi preso. Ele destacou que os eventos que se desenrolavam eram o cumprimento das Escrituras. Durante a prisão, um dos seguidores de Jesus reagiu, ferindo um servo dos sacerdotes. Jesus condenou imediatamente essa violência, reiterando que aqueles que recorrem à espada, por ela perecerão. Ele enfatizou que poderia pedir assistência divina, mas isso impediria o cumprimento das profecias.
Jesus foi então levado à presença do sumo sacerdote Caifás, enquanto os discípulos o abandonaram e fugiram. Pedro, seguindo à distância, observava os acontecimentos, misturado entre a guarda. Perante Caifás, várias testemunhas falsas se apresentaram contra Jesus. Uma delas alegou que Jesus disse que destruiria o Templo e o reconstruiria em três dias. Diante da falta de provas concretas, Caifás desafiou Jesus a declarar sua verdadeira identidade. Jesus, ao confirmar ser o Messias, foi acusado de ⁵blasfêmia por Caifás.
Seguiram-se momentos de violência e zombaria contra Jesus. Ele foi cuspido, esbofeteado e escarnecido. Vendaram-lhe os olhos e desafiaram-no a identificar quem o agredia, insinuando que ele não poderia ser um profeta ou o Messias.
Comentários:
Contexto Religioso e Legal da Blasfêmia:
- Definição de Blasfêmia: No contexto judaico da época, a blasfêmia era entendida como uma fala ou ação que desonrava a Deus ou o sagrado. Isso poderia incluir afirmar falsamente a divindade, desrespeitar o nome de Deus, ou realizar ações consideradas heréticas.
- Lei Judaica: A blasfêmia era não apenas uma ofensa religiosa, mas também legal, sob a lei judaica. A punição para a blasfêmia poderia ser extremamente severa, incluindo a morte por apedrejamento, conforme prescrito em algumas interpretações da Torá.
Acusação Contra Jesus:
- Afirmações de Jesus: Ao declarar-se o Filho de Deus e afirmar estar sentado à direita do poder de Deus, Jesus fez afirmações que foram interpretadas pelos líderes religiosos judeus como blasfêmias. Essas afirmações desafiavam diretamente as concepções judaicas tradicionais de Deus e da autoridade religiosa.
- Reação das Autoridades Religiosas: Para Caifás e outros líderes religiosos, as declarações de Jesus eram vistas como uma afronta direta à autoridade e santidade de Deus, configurando uma grave violação das leis religiosas.
Perspectiva dos Seguidores de Jesus:
- Visão dos Seguidores: Os seguidores de Jesus, por outro lado, acreditavam que suas afirmações eram verdadeiras. Para eles, Jesus era, de fato, o Messias prometido e o Filho de Deus, tornando a acusação de blasfêmia infundada e injusta.
- Questão de Fé: Essa divergência entre Jesus, seus seguidores e as autoridades religiosas judaicas reflete uma profunda questão de fé e interpretação das Escrituras e profecias.
Implicações Históricas e Teológicas:
- Conflito de Interpretações: O julgamento de Jesus destaca o conflito entre diferentes interpretações das Escrituras judaicas e as expectativas messiânicas.
- Fundamento do Cristianismo: Para o cristianismo, as afirmações e a subsequente crucificação de Jesus são fundamentais, representando a realização das profecias messiânicas e a base da fé cristã.
A acusação de blasfêmia contra Jesus é um aspecto central da narrativa da Paixão e reflete as complexidades teológicas, legais e culturais do período. A maneira como essa acusação foi tratada e as reações a ela têm profundas implicações para a compreensão do cristianismo primitivo e do judaísmo da época.
A negação de Pedro
Pedro estava do lado de fora no pátio, aguardando ansiosamente o desfecho dos acontecimentos com Jesus. Nesse momento, as palavras de Jesus sobre Pedro se concretizaram. Uma mulher no pátio o reconheceu como seguidor de Jesus, o Galileu. Pedro, contudo, negou veementemente, alegando não conhecer Jesus, e tentou se distanciar das pessoas que poderiam identificá-lo. Pouco depois, outra pessoa o abordou com a mesma acusação: “Você não estava com o Nazareno?”. Pedro negou novamente qualquer conhecimento sobre Jesus.
Conforme Pedro permanecia no local, mais pessoas o reconheceram como um dos seguidores de Jesus. Uma delas até apontou seu sotaque galileu como evidência. Com o cantar do galo, as palavras de Jesus ecoaram na mente de Pedro, lembrando-o da predição de que negaria Jesus três vezes antes do amanhecer. Tomado por um intenso arrependimento, Pedro deixou o Templo e chorou amargamente, angustiado pela traição que havia cometido.
Notas de rodapé:
¹ Expiar: A “expiação” é um termo que geralmente está relacionado a conceitos teológicos e religiosos, referindo-se ao ato ou processo de remoção ou reparação de pecados, transgressões ou erros cometidos por uma pessoa ou comunidade. É uma tentativa de reconciliar-se com Deus, alcançar a purificação espiritual e restaurar a harmonia entre o indivíduo e o divino. Com mais detalhes, expiar refere-se ao ato de reparar, compensar ou purificar uma culpa, transgressão ou pecado cometido. Ele está relacionado à ideia de buscar a expiação ou o perdão pelos erros cometidos, através de ações ou arrependimento.
² – Aliança no monte Sinai. Êxodo 24:7-9.
³ – Hallel: Os “Hinos de Hallel” são uma coleção de salmos encontrados no Livro de Salmos da Bíblia Hebraica. O termo “Hallel” vem do hebraico e significa “louvor”. Esses salmos, que vão do Salmo 113 ao Salmo 118, são conhecidos como Hallel porque são utilizados tradicionalmente em ocasiões de celebração, como o festival de Páscoa (Pessach) e outras festividades judaicas.
Os Hinos de Hallel são considerados hinos de louvor e gratidão a Deus, e expressam a alegria do povo de Israel por suas experiências de libertação, proteção e salvação divina. Eles destacam a grandeza de Deus, Sua fidelidade, bondade e poder, e convidam as pessoas a louvarem e bendizerem o Senhor. Esses salmos são recitados ou cantados como parte dos rituais e cerimônias religiosas, e também são utilizados nas liturgias judaicas até os dias de hoje. São considerados hinos de adoração coletiva e expressam a conexão profunda entre o povo de Israel e seu Deus.
⁴ – Getsêmani: A palavra “Getsêmani” deriva do termo aramaico “Gat Shmane”, que significa “prensa de azeite” ou “prensa de óleo”. O nome refere-se a um local específico nos arredores de Jerusalém, próximo ao monte das oliveiras, onde Jesus costumava se retirar para orar com seus discípulos.
A escolha desse local para a oração de Jesus antes de sua crucificação pode ter sido simbólica. Assim como a azeitona é espremida em uma prensa para produzir o azeite valioso, Jesus, em seu momento de agonia e sofrimento, estava se preparando para oferecer-se como um sacrifício precioso pela salvação da humanidade. Getsêmani representa, portanto, um lugar significativo na narrativa bíblica, onde ocorreu um momento intenso de oração e entrega de Jesus ao plano divino.
⁵ – Blasfémia: É um termo que se refere à profanação, insulto ou desrespeito deliberado contra algo considerado sagrado ou religioso. Geralmente, está relacionado a expressões ou ações que ofendem ou desafiam a divindade, figuras religiosas, princípios ou crenças religiosas. A blasfêmia pode assumir diferentes formas, incluindo palavras ofensivas, gestos obscenos, ridicularização de rituais sagrados, negação ou zombaria de divindades ou ensinamentos religiosos, entre outras manifestações. A percepção de blasfêmia pode variar de acordo com as crenças e sensibilidades religiosas de diferentes culturas e indivíduos. Em muitas tradições religiosas, a blasfêmia é considerada um pecado grave e pode ser vista como uma violação da reverência, da santidade ou da sacralidade. Além disso, em alguns países, a blasfêmia pode ser considerada crime, sujeito a punições legais. É importante ressaltar que a interpretação da blasfêmia é subjetiva e depende das crenças e valores individuais. O que pode ser considerado blasfêmia por uma pessoa pode não ser visto dessa forma por outra.
Fernando Rabello (11) 9 5489-8507
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