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Por quê eu não devo ser excessivamente justo sendo que a Bíblia diz que devo exercer justiça.

A busca pela justiça é um princípio central tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A Bíblia nos ensina a importância de agir com justiça e equidade, mas também nos alerta sobre os perigos da justiça excessiva. A Bíblia ensina:

Não seja excessivamente justo nem demasiadamente sábio; por que destruir a você mesmo? Não seja demasiadamente ímpio nem seja tolo; por que morrer antes do tempo? É bom agarrar uma coisa e não abrir mão da outra, pois quem teme a Deus evitará ambos os extremos.

Eclesiastes 7:16-18

Em contraste, podemos pensar que a Bíblia se contradiz em afirmar que a justiça é base para a nossa vida, como está escrito em Deuteronômio 16:20, lemos:

“A justiça, somente a justiça, seguirás, para que vivas e possuas em herança a terra que o Senhor teu Deus te dá.” Este versículo enfatiza a importância da justiça como um valor essencial a ser perseguido.

Deuteronômio 16:20

No entanto, a justiça que Deus deseja não deve ser uma justiça fria ou severa, mas sim uma justiça que reflita o amor e a misericórdia. Em Miquéias 6:8, encontramos a famosa instrução: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” Aqui, percebemos que a justiça deve ser equilibrada com a misericórdia e a humildade.

No Novo Testamento, o Messias nos ensina sobre a natureza da verdadeira justiça. Em Mateus 5:7, Ele afirma:

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” Essa declaração ressalta que a justiça não deve ser uma forma de opressão, mas sim um reflexo do amor divino que se manifesta em atos de compaixão e perdão.

Mateus 5:7

Além disso, em Lucas 18:9-14, encontramos a parábola do fariseu e do publicano, onde o fariseu se vangloria de sua justiça, enquanto o publicano humildemente clama por misericórdia. O Messias conclui que o publicano, e não o fariseu, foi justificado diante de Deus. Essa história ilustra que a justiça não é apenas um conjunto de regras a serem seguidas, mas uma atitude do coração que reconhece a própria necessidade de graça.

Portanto, ser excessivamente justo pode levar à arrogância e à falta de compaixão. A justiça deve estar sempre acompanhada pela misericórdia, pois, como diz Tiago 2:13:

“Porque o juízo (justiça) sem misericórdia será feito àquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.” Assim, a verdadeira justiça é aquela que busca restaurar e reconciliar, e não apenas punir.

Tiago 2:13

Para concluir, reflita sobre quantas vezes você se posicionou em nome da justiça, seja a justiça dos homens ou a justiça de Deus, e sentiu no coração o impulso de corrigir alguém que estava, aos seus olhos, fora do caminho correto. No dia a dia, isso acontece com mais frequência do que imaginamos. Uma simples discussão no trânsito, por exemplo, poderia ser evitada se, ao invés de exigir o erro do outro, lembrássemos que também falhamos. Talvez não ao volante, mas em outras áreas da vida.

Quando reconhecemos nossas próprias limitações, a justiça deixa de ser uma arma de acusação e passa a ser um instrumento de restauração. Exercemos justiça não porque somos superiores, mas porque tememos a Deus e entendemos que dependemos da mesma misericórdia que desejamos ver nos outros.

Oração:

Senhor Deus, agradecemos por Tua Palavra que nos orienta sobre a verdadeira justiça. Ajuda-nos a buscar a justiça com um coração cheio de misericórdia e amor. Que possamos lembrar que a justiça não é apenas uma questão de regras, mas de relacionamentos, refletindo a natureza do Teu Filho, o Messias. Que possamos andar humildemente contigo, exercendo a justiça que agrada ao Teu coração. Em nome do Messias, oramos. Amém.

Que a Graça e a Paz de Deus esteja sobre você e sua família.
Estudando a Bíblia


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