Mateus Capítulo 26 - Estudo Bíblico - Estudando a Bíblia - Ide e Pregai as Boas Novas
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Objetivos do estudo bíblico

TítuloEstudo Bíblico – Evangelho de Mateus
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PremissaCompreender a Bíblia no contexto original judaico.
Escrito porFernando Rabello – fernandorabello@estudandoabiblia.org
Todos os direitos reservados – Estudando a Bíblia – ORG

Capítulo 26

Entendimento dos versos 1 ao 13

fernando rabello

Conspiração contra Jesus

Quando Jesus terminou essas palavras, disse aos seus discípulos que, em dois dias, seria a Páscoa e que ele seria entregue às autoridades judaicas para ser crucificado e morto. Naquela época, Caifás era o sumo sacerdote e, junto com seus colegas, premeditou o assassinato de Jesus, planejando que não ocorresse na Páscoa, para evitar tumulto entre o povo.

Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, Maria trouxe um frasco de perfume caríssimo e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Os discípulos, indignados, argumentaram que o valor do perfume era elevado; poderia ter sido vendido e o dinheiro usado para ajudar os pobres, conforme a Lei judaica determinava para as boas obras e esmolas. O que os discípulos ainda não haviam percebido era que Jesus estava sendo preparado para sua morte, e aquele gesto de Maria era parte dessa preparação para a sepultura. Jesus inclusive mencionou que o ato de Maria seria lembrado em todo o mundo quando o Evangelho fosse proclamado. A preparação para a morte de Jesus não foi compreendida pelos discípulos, pois ele ainda estava vivo. O ato de Maria, ao perfumar o corpo de Jesus, era semelhante ao que se fazia com os falecidos para evitar o mau odor. Sabendo de sua iminente morte e crucificação, Jesus entendeu que não haveria tempo nem lugar para ser perfumado posteriormente, tornando aquele momento com Maria crucial para tal preparação.

Entendimento dos versos 14 ao 16

fernando rabello

Preparação para a traição de Judas

Judas, o Iscariotes, foi até os chefes dos sacerdotes e disse o que eles dariam para ele afim de entregar Jesus. Fora dado trinca siclos a Judas o equivalente ao preço para a libertação da vida de um escravo na época. A partir do momento em que Judas recebeu antecipadamente o valor para entregar Jesus, ele ficou a espreita esperando o momento para o entregar.

Entendimento dos versos 17 ao 29

fernando rabello

Preparativos para a ceia Pascal e o anúncio da traição de Judas Iscariotes

No primeiro dia dos pães ázimos, ou seja, no início da semana em que se comiam pães sem fermento, os discípulos aproximaram-se de Jesus perguntando onde preparariam o jantar da Páscoa. Jesus instruiu os discípulos a irem à cidade e procurarem a casa de uma pessoa específica, dizendo: “O Mestre diz: ‘Meu tempo está próximo. Em sua casa celebrarei a Páscoa com meus discípulos.’”

Para sincronizar essa narrativa com a festa da Páscoa, precisamos revisitar Êxodo 12:1. A Páscoa é celebrada no dia 14, mas já no dia 10 os israelitas começavam a preparar a festa, removendo o fermento de suas casas. Simbolicamente, remover o fermento significava expurgar todo pecado, servindo como uma representação visual da importância de eliminar o pecado. Assim como o fermento dá volume e leveza à massa, o pecado frequentemente nos atrai com sua aparência enganosa. Podemos ser tentados a seguir caminhos que parecem atraentes ou prazerosos, mas que nos desviam da vontade de Deus. É crucial reconhecer como o pecado pode nos enganar e buscar a verdadeira beleza que emana de uma vida alinhada com os princípios divinos. Ao remover o “fermento” que simboliza o pecado, os discípulos e todo o povo judeu puderam se preparar para a festa da Páscoa. Foi assim no início da semana quando Jesus se preparava para a ceia com seus discípulos, e é assim que o povo judeu ainda pratica.

Simbolismos entre o pecado e o fermento

O fermento confere à massa volume e beleza, e o pecado nos atrai com as mesmas características: volume e beleza. Comparando a massa com o nosso corpo, notamos uma semelhança entre as matérias; quando nosso corpo se corrompe com o pecado, sentimos seus efeitos. Assim como o fermento na massa, sem ele, a massa se torna autêntica e verdadeira. Deus deseja que sejamos sinceros e verdadeiros em nossa relação com Ele, chamando-nos a nos despojarmos do pecado que nos afasta Dele. A remoção do fermento é um lembrete da importância de sermos genuínos diante de Deus, sem máscaras ou falsidades.

Anúncio da traição de Judas

Já de noite, Jesus estava à mesa com os doze no local previamente combinado com seus discípulos. Durante a refeição, Jesus revelou que um deles o trairia. Todos, exceto um, ficaram entristecidos e começaram a perguntar, um a um, se seriam o traidor. Jesus indicou que o traidor era aquele que comia com ele no mesmo prato, e que seria essa pessoa quem o entregaria. Diante de todos, Jesus afirmou que tudo ocorreria conforme as Escrituras sobre o Messias, mas pronunciou um “ai” para o homem por quem Ele seria entregue, dizendo que seria melhor para esse homem não ter nascido. Descaradamente, Judas, o traidor, perguntou a Jesus se seria ele o traidor.

Para entender a mensagem de Jesus sobre as Escrituras hebraicas a respeito do Messias, podemos consultar Isaías 53. Inclusive, o “ai” pronunciado por Jesus faz referência a Isaías, que frequentemente usava “ai” como um pronunciamento de juízo divino ao povo. A leitura das Escrituras nos permitem aprofundar nosso entendimento sobre o que aconteceu com o povo judeu e com Jesus. “Leia Isaías 53, não esqueça.”

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças a Deus, o abençoou, partiu-o e, distribuindo aos discípulos, disse: “Peguem e comam; isto simboliza o meu corpo que é dado em favor de vocês.” Em seguida, pegou um cálice de suco de uva, deu graças a Deus e disse aos discípulos: “Bebam todos deste cálice, pois ele simboliza o meu sangue, que é a ¹Aliança feita em favor de todos para ²expiar os pecados.” Jesus afirmou que não beberia mais do fruto da videira até o dia em que beberia o novo vinho no Reino de Deus.

Analogias entre o sangue e a aliança do cordeiro

No tempo do Êxodo com os israelitas uma aliança foi selada entre o povo e seu Deus, para poupar a nação de Israel da morte de todo primogênito no Egito, os israelitas colocaram o sangue do cordeiro nos umbrais das portas de suas casas para que, quando o anjo destruidor passasse, poupasse as casas marcadas com o sangue. Esse foi o método que Deus usou para salvar os israelitas da morte e permitir que continuassem sua jornada na terra. Da mesma forma, a Aliança do Messias com a humanidade foi prefigurada nos sacrifícios antigos, em que o pecado era expiado com o sangue de um cordeiro. Esse cordeiro simbolizava Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Podemos compreender que tudo o que ocorreu no passado com os israelitas era uma prefiguração dos planos de Deus para a vinda do Messias, apontando para Ele e através Dele somos salvos da morte. Assim como o sangue de touros foi aspergido sobre o povo quando Moisés selou a primeira Aliança no Monte Sinai (Êxodo 24:7-9), Jesus selou a nova Aliança, reforçando o cuidado de Deus com Seus filhos. Isso é uma declaração de amor a toda humanidade, mostrando que Jesus nos amou primeiro.

Entendimento dos versos 30 ao 35

fernando rabello

A negação de Pedro é predita por Jesus

Ao término do jantar de Páscoa e após terem cantado os hinos de ³Hallel, Jesus e seus discípulos dirigiram-se ao monte das Oliveiras. Este local, frequentemente visitado por Jesus para orar, possui um simbolismo profundo: o azeite, usado para ungir reis e curar feridas, é produzido aqui. Nas proximidades, encontram-se as oliveiras das quais se extraía um dos melhores azeites.

Jesus disse aos discípulos que, naquela noite, eles se escandalizariam pelo que aconteceria com Ele. Recordem-se que Jesus já havia predito sua morte e ressurreição e, durante a ceia, anunciou a traição por um deles. Jesus explicou que o escândalo seria ver o Mestre ser preso, julgado e morto sem resistência, abalando a fé e a coragem dos discípulos. Citando Zacarias 13:7, Jesus quis prepará-los para entender que os planos divinos estavam se cumprindo e que, apesar de sua morte, haveria esperança na ressurreição:

“Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos;

fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos.”

Pedro, ouvindo isso, afirmou veementemente que jamais se escandalizaria e sempre permaneceria ao lado de Jesus, mesmo que custasse sua vida. Os outros discípulos ecoaram essa determinação. No entanto, Jesus alertou que, naquela mesma noite, Pedro o negaria três vezes. Apesar das advertências de Jesus, os discípulos continuaram a negar tal possibilidade. Em vez de se unirem a Jesus em oração, optaram por rejeitar a realidade iminente, esperando ver se os eventos se desenrolariam como previsto antes de agir.

Esse comportamento é típico dos seres humanos: frequentemente aguardamos os eventos acontecerem, mesmo sabendo que ocorrerão, para então reagir, em vez de tomar medidas preventivas.

Entendimento dos versos 36 ao 46

fernando rabello

A oração do Messias no Getsêmani

Anteriormente mencionamos que Jesus e seus discípulos estavam no monte das Oliveiras, próximo ao Getsêmani, um jardim renomado por suas excelentes azeitonas. Foi nesse local que Jesus escolheu Pedro, Tiago e João para acompanhá-Lo, enquanto os outros discípulos permaneceram um pouco mais distantes. Foi na presença de Tiago e João que Jesus, profundamente perturbado, expressou sua angústia, ecoando as palavras do Salmo 42:6: “Minha alma está triste até a morte”.

Confrontado com a iminente chegada dos soldados para prendê-Lo, Jesus dirigiu-se ao Pai em oração, pedindo: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Ele repetiu essa súplica três vezes, reforçando a cada vez o desejo de submeter-se à vontade divina.

Este momento revela a humanidade de Jesus, que, apesar de compreender o sofrimento que se aproximava e desejar evitar a morte, manteve-se fiel à missão designada por Deus.

Pausando aqui, convidamos a refletir sobre a magnitude da aflição de Jesus. É difícil imaginar a extensão do sofrimento que Ele enfrentou para que hoje possamos ser chamados filhos de Deus. Esse sacrifício deve ser um lembrete contínuo de que um justo sofreu por nós, e devemos manter uma gratidão eterna pelo Salvador. Que esse pensamento nos fortaleça nos momentos em que pensamos em desistir da jornada com Deus, lembrando-nos do alto preço pago por nossa salvação.

Um lembrete importante: “Nossa salvação significa ter amizade com Deus e ser dignos de ser chamados Seus filhos”. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ninguém!

Retomando a narrativa, enquanto Jesus orava, os discípulos, sucumbindo ao cansaço, adormeceram. Em todas as três vezes que Jesus foi verificar, encontrou-os dormindo, repreendendo-os por não conseguirem vigiar sequer por uma hora. Na terceira vez, Ele disse que agora poderiam descansar à vontade, pois chegara a hora de ser entregue nas mãos dos pecadores.

Esse episódio contrasta a fragilidade humana, evidenciada pelo cansaço dos discípulos, com a determinação espiritual de Jesus. Ele passou a madrugada orando, buscando forças no Espírito, enquanto os discípulos, apesar de suas boas intenções, cederam ao sono. Aqui vemos o desafio constante entre as necessidades físicas e a busca espiritual, onde o espírito está disposto, mas a carne é forte a ponto de submeter à vontade do espírito. Jesus pediu aos discípulos que orassem continuamente, mas, infelizmente, eles não conseguiram atender a esse chamado.

Entendimento dos versos 47 ao 68

fernando rabello

A prisão do Messias

Jesus e alguns discípulos passaram a noite no jardim do ⁴Getsêmani. Durante a madrugada, Judas Iscariotes, um dos doze, chegou acompanhado de uma multidão armada com espadas e paus, juntamente com os chefes dos sacerdotes e anciãos do povo. Judas identificou Jesus com um beijo, sinal para a multidão prender aquele a quem ele beijasse. Jesus, ao ser abordado por Judas, o cumprimentou com as palavras: “Amigo, por que estás aqui?” Essa interação pode ter provocado uma intensa reflexão em Judas, ou talvez ele a tenha ignorado, já profundamente imerso em suas ações traiçoeiras. De qualquer forma, seu destino já havia sido selado quando ele aceitou as moedas e permitiu que Satanás o usasse para seus propósitos.

A multidão, equipada para capturar um criminoso e agia como se estivesse em busca de um fugitivo chegaram de madrugada para evitar alertar as pessoas e a vizinhança Jesus observou que, apesar de ter ensinado abertamente no Templo, não foi preso. Ele destacou que os eventos que se desenrolavam eram o cumprimento das Escrituras. Durante a prisão, um dos seguidores de Jesus reagiu, ferindo um servo dos sacerdotes. Jesus condenou imediatamente essa violência, reiterando que aqueles que recorrem à espada, por ela perecerão. Ele enfatizou que poderia pedir assistência divina, mas isso impediria o cumprimento das profecias.

Jesus foi então levado à presença do sumo sacerdote Caifás, enquanto os discípulos o abandonaram e fugiram. Pedro, seguindo à distância, observava os acontecimentos, misturado entre a guarda. Perante Caifás, várias testemunhas falsas se apresentaram contra Jesus. Uma delas alegou que Jesus disse que destruiria o Templo e o reconstruiria em três dias. Diante da falta de provas concretas, Caifás desafiou Jesus a declarar sua verdadeira identidade. Jesus, ao confirmar ser o Messias, foi acusado de ⁵blasfêmia por Caifás.

Seguiram-se momentos de violência e zombaria contra Jesus. Ele foi cuspido, esbofeteado e escarnecido. Vendaram-lhe os olhos e desafiaram-no a identificar quem o agredia, insinuando que ele não poderia ser um profeta ou o Messias.

Comentários:

Contexto Religioso e Legal da Blasfêmia:

  1. Definição de Blasfêmia: No contexto judaico da época, a blasfêmia era entendida como uma fala ou ação que desonrava a Deus ou o sagrado. Isso poderia incluir afirmar falsamente a divindade, desrespeitar o nome de Deus, ou realizar ações consideradas heréticas.
  2. Lei Judaica: A blasfêmia era não apenas uma ofensa religiosa, mas também legal, sob a lei judaica. A punição para a blasfêmia poderia ser extremamente severa, incluindo a morte por apedrejamento, conforme prescrito em algumas interpretações da Torá.

Acusação Contra Jesus:

  1. Afirmações de Jesus: Ao declarar-se o Filho de Deus e afirmar estar sentado à direita do poder de Deus, Jesus fez afirmações que foram interpretadas pelos líderes religiosos judeus como blasfêmias. Essas afirmações desafiavam diretamente as concepções judaicas tradicionais de Deus e da autoridade religiosa.
  2. Reação das Autoridades Religiosas: Para Caifás e outros líderes religiosos, as declarações de Jesus eram vistas como uma afronta direta à autoridade e santidade de Deus, configurando uma grave violação das leis religiosas.

Perspectiva dos Seguidores de Jesus:

  1. Visão dos Seguidores: Os seguidores de Jesus, por outro lado, acreditavam que suas afirmações eram verdadeiras. Para eles, Jesus era, de fato, o Messias prometido e o Filho de Deus, tornando a acusação de blasfêmia infundada e injusta.
  2. Questão de Fé: Essa divergência entre Jesus, seus seguidores e as autoridades religiosas judaicas reflete uma profunda questão de fé e interpretação das Escrituras e profecias.

Implicações Históricas e Teológicas:

  1. Conflito de Interpretações: O julgamento de Jesus destaca o conflito entre diferentes interpretações das Escrituras judaicas e as expectativas messiânicas.
  2. Fundamento do Cristianismo: Para o cristianismo, as afirmações e a subsequente crucificação de Jesus são fundamentais, representando a realização das profecias messiânicas e a base da fé cristã.

A acusação de blasfêmia contra Jesus é um aspecto central da narrativa da Paixão e reflete as complexidades teológicas, legais e culturais do período. A maneira como essa acusação foi tratada e as reações a ela têm profundas implicações para a compreensão do cristianismo primitivo e do judaísmo da época.

Entendimento dos versos 69 ao 75

fernando rabello

A negação de Pedro

Pedro estava do lado de fora no pátio, aguardando ansiosamente o desfecho dos acontecimentos com Jesus. Nesse momento, as palavras de Jesus sobre Pedro se concretizaram. Uma mulher no pátio o reconheceu como seguidor de Jesus, o Galileu. Pedro, contudo, negou veementemente, alegando não conhecer Jesus, e tentou se distanciar das pessoas que poderiam identificá-lo. Pouco depois, outra pessoa o abordou com a mesma acusação: “Você não estava com o Nazareno?”. Pedro negou novamente qualquer conhecimento sobre Jesus.

Conforme Pedro permanecia no local, mais pessoas o reconheceram como um dos seguidores de Jesus. Uma delas até apontou seu sotaque galileu como evidência. Com o cantar do galo, as palavras de Jesus ecoaram na mente de Pedro, lembrando-o da predição de que negaria Jesus três vezes antes do amanhecer. Tomado por um intenso arrependimento, Pedro deixou o Templo e chorou amargamente, angustiado pela traição que havia cometido.


Notas de rodapé:

¹ Expiar: A “expiação” é um termo que geralmente está relacionado a conceitos teológicos e religiosos, referindo-se ao ato ou processo de remoção ou reparação de pecados, transgressões ou erros cometidos por uma pessoa ou comunidade. É uma tentativa de reconciliar-se com Deus, alcançar a purificação espiritual e restaurar a harmonia entre o indivíduo e o divino. Com mais detalhes, expiar refere-se ao ato de reparar, compensar ou purificar uma culpa, transgressão ou pecado cometido. Ele está relacionado à ideia de buscar a expiação ou o perdão pelos erros cometidos, através de ações ou arrependimento.

² – Aliança no monte Sinai. Êxodo 24:7-9.

³ – Hallel: Os “Hinos de Hallel” são uma coleção de salmos encontrados no Livro de Salmos da Bíblia Hebraica. O termo “Hallel” vem do hebraico e significa “louvor”. Esses salmos, que vão do Salmo 113 ao Salmo 118, são conhecidos como Hallel porque são utilizados tradicionalmente em ocasiões de celebração, como o festival de Páscoa (Pessach) e outras festividades judaicas.

Os Hinos de Hallel são considerados hinos de louvor e gratidão a Deus, e expressam a alegria do povo de Israel por suas experiências de libertação, proteção e salvação divina. Eles destacam a grandeza de Deus, Sua fidelidade, bondade e poder, e convidam as pessoas a louvarem e bendizerem o Senhor. Esses salmos são recitados ou cantados como parte dos rituais e cerimônias religiosas, e também são utilizados nas liturgias judaicas até os dias de hoje. São considerados hinos de adoração coletiva e expressam a conexão profunda entre o povo de Israel e seu Deus.

⁴ – Getsêmani: A palavra “Getsêmani” deriva do termo aramaico “Gat Shmane”, que significa “prensa de azeite” ou “prensa de óleo”. O nome refere-se a um local específico nos arredores de Jerusalém, próximo ao monte das oliveiras, onde Jesus costumava se retirar para orar com seus discípulos.

A escolha desse local para a oração de Jesus antes de sua crucificação pode ter sido simbólica. Assim como a azeitona é espremida em uma prensa para produzir o azeite valioso, Jesus, em seu momento de agonia e sofrimento, estava se preparando para oferecer-se como um sacrifício precioso pela salvação da humanidade. Getsêmani representa, portanto, um lugar significativo na narrativa bíblica, onde ocorreu um momento intenso de oração e entrega de Jesus ao plano divino.

⁵ – Blasfémia: É um termo que se refere à profanação, insulto ou desrespeito deliberado contra algo considerado sagrado ou religioso. Geralmente, está relacionado a expressões ou ações que ofendem ou desafiam a divindade, figuras religiosas, princípios ou crenças religiosas. A blasfêmia pode assumir diferentes formas, incluindo palavras ofensivas, gestos obscenos, ridicularização de rituais sagrados, negação ou zombaria de divindades ou ensinamentos religiosos, entre outras manifestações. A percepção de blasfêmia pode variar de acordo com as crenças e sensibilidades religiosas de diferentes culturas e indivíduos. Em muitas tradições religiosas, a blasfêmia é considerada um pecado grave e pode ser vista como uma violação da reverência, da santidade ou da sacralidade. Além disso, em alguns países, a blasfêmia pode ser considerada crime, sujeito a punições legais. É importante ressaltar que a interpretação da blasfêmia é subjetiva e depende das crenças e valores individuais. O que pode ser considerado blasfêmia por uma pessoa pode não ser visto dessa forma por outra.


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Fernando Rabello (11) 9 5489-8507

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