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Sumário
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Título | Estudo Bíblico – Evangelho de Mateus |
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Premissa | Compreender a Bíblia no contexto original judaico. |
Escrito por | Fernando Rabello – fernandorabello@estudandoabiblia.org |
Capítulo 11
Assim que Jesus terminou de instruir seus discípulos, partiu dali e foi para a cidade dos judeus.
Enquanto João Batista estava preso, ele tem conhecimento das obras de Jesus e envia dois dos seus discípulos para falarem com Jesus. João quer saber se Jesus é aquele que viria, indicando a vinda do Messias como prometido pelas Escrituras. O que João não sabe é que Jesus tipifica um Messias diferente de seu esperado, pois Jesus age em prol do Reino de Deus com suas ações benéficas de salvação, amor e não de violência e de castigo como se imaginavam.
João sabe que Jesus é um homem abençoado por Deus. Lembram quando Jesus é batizado, João diz que ele é quem deve ser batizado por Jesus e não o contrário. Até ai tudo certo, mas João está na cadeia e tem conhecimento das obras de Jesus pelos comentários do povo. Imagino eu, que João aguardava a sua libertação da cadeia através de Jesus pelos métodos de guerra, mas como isso não estava acontecendo, ele manda dois dos seus discípulos para entender, se era Jesus a promessa ou se viria o outro Messias libertador. Nas Escrituras vemos em diversas passagens os judeus esperando um guerreiro como Davi para libertarem o povo da opressão romana, mas Jesus inaugura uma nova era Messiânica onde o amor e a obediência a Deus é primordial para se ter libertação de toda e qualquer opressão. Nossa luta não é contra os seres humanos, mas contra toda opressão maligna.
Dando continuidade ao texto, Jesus responde aos discípulos de João para falarem do que eles veem acontecendo nas cidades onde Jesus passou, o cegos enxergando, os aleijados andando, os mortos sendo ressuscitados e os pobres de espírito sendo evangelizados. Essa é a libertação que Deus prometeu aos seus escolhidos e na pessoa de Jesus isso é inaugurado na terra.
Após falar de João para as multidões, Jesus reforça ao povo a importância de que João tem para eles e parte de sua missão na terra é fazer acontecer o que foi prometido nas Escrituras. João é o precursor de Jesus, ele abriu o caminho para o Messias. Jesus afirma que João é o maior entre os nascidos de mulher, e faz uma comparação com o Reino dos Céus. João pode ser o maior na terra como profeta, mas comparado ao menor no Reinos dos Céus, João é pequeno. Jesus ao afirmar isso, ele quer nos mostrar a importância de sermos parte do Reino, de sermos ativos no Reino dos Céus e com isso nos tornaremos grandes.
Surpreendentemente, apesar dos inúmeros milagres, algumas pessoas não conseguem compreender e aderir a esta nova era inaugurada por Jesus. Preferem julgar o homem que realiza milagres, atribuindo seus feitos a Belzebu, em vez de reconhecer a manifestação do poder de Deus. Jesus compara essas pessoas a crianças teimosas e alerta sobre as consequências de rejeitar os atos de Deus, pois o testemunho dessas obras divinas pode ser tanto uma oportunidade de salvação quanto um meio de condenação.
Para ser admitido no Reino dos Céus, é essencial arrepender-se e crer no Enviado de Deus. Ao ver o Enviado, vemos também quem o enviou. Todos os profetas, e mesmo a Lei, profetizaram até João Batista. Jesus marca o início de uma nova era, reformulando a Antiga Aliança, tornando João o último dos grandes profetas. João simboliza Elias, o profeta que, com retidão e o poder de Deus, enfrentou adversários poderosos em nome do Reino dos Céus. Conforme avançamos no estudo, exploraremos mais a relação entre Elias e João Batista e o significado de João “tipificar” Elias.
Desgraça para as cidades às margens do lago
Em diversas cidades às margens do lago, Jesus realizou inúmeros milagres. No entanto, a despeito de todas essas manifestações divinas, muitos habitantes não conseguiram compreender o Reino dos Céus. Como Jesus destacou nos versículos anteriores, essas pessoas optaram por rejeitar e amaldiçoar os mensageiros divinos ao invés de seguir seus ensinamentos. A sabedoria, conforme Jesus menciona, é justificada por suas ações. E, diante de tantos feitos miraculosos, é surpreendente ver que muitos escolhem se manter cegos.
“Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida!” — cidades que foram palco de maravilhas. Em Betsaida, por exemplo, ocorreu a multiplicação dos pães e peixes, alimentando cinco mil pessoas (Marcos 6:30-44), e seus habitantes também viram Jesus caminhando sobre as águas (Mateus 14:22-33). Mesmo testemunhando tantos milagres, essas cidades não reconheceram o Salvador. Cidades como Tiro e Sidom, que, apesar de sua reputação e histórico de repreensão por parte de profetas, receberiam, conforme Jesus menciona, mais misericórdia no juízo final do que cidades em Israel que viram de perto os feitos do Salvador.
Cafarnaum não é exceção. Tornou-se objeto de repreensão por parte de Jesus, que a comparou com Sodoma e Gomorra. Ele destaca que, se os milagres realizados em Cafarnaum tivessem ocorrido em Sodoma, essa última ainda estaria de pé hoje. Observando a condenação que recai sobre essas cidades, torna-se evidente o quão grave foi a sua rejeição ao ungido de Deus. Cabe a nós aprender com esses erros e não repeti-los em nossas vidas.
O Evangelho revelados aos mais simples
Após condenar as cidades que resistiram à mensagem do Evangelho, Jesus passou a elucidar sua relação única com o Pai aos discípulos. Ele destacou que é Deus quem toca os corações e revela a verdade, fazendo-se conhecido a eles. Curiosamente, não foram os eruditos ou os considerados sábios aos olhos humanos que tiveram essa revelação, mas os humildes e os simples. Foi a estes que o Senhor escolheu para compartilhar essa compreensão divina.
Aqueles que reconhecem e aceitam a Jesus como seu Senhor e Salvador automaticamente se conectam com o Pai que o enviou. Afinal, a verdadeira compreensão do Pai só pode ser obtida através do Filho.
Jesus é o mestre com fardo leve
Jesus instruiu aqueles que se sentem oprimidos e carregados com pesados fardos, afirmando que Ele é capaz de aliviar essas cargas e trazer a eles paz e descanso. Infelizmente, muitas vezes, a religiosidade acaba sendo um obstáculo ao invés de ser um meio de auxílio. Se fomos libertos das correntes do adversário, então devemos buscar uma vida repleta de alegria e felicidade aqui na Terra.
O fardo que devemos carregar deve ser repleto de experiências positivas, de aprendizado e legados que possam ser transmitidos às futuras gerações. Jesus se apresenta como o mestre justo, que age com humildade e mansidão. Para todos que carregam o peso de traumas do passado, Jesus é a resposta e o caminho para a verdadeira salvação.
Fernando Rabello (11) 9 5489-8507
fernandorabello@estudandoabiblia.org
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