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Sumário
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Título | Estudo Bíblico – Evangelho de Mateus |
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Premissa | Compreender a Bíblia no contexto original judaico. |
Escrito por | Fernando Rabello – fernandorabello@estudandoabiblia.org |
Capítulo 21
Próximos do Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Jesus enviou dois discípulos ao povoado para trazer a ele uma jumenta. A entrada de Jesus em Jerusalém, montado em uma jumenta, remonta a uma profecia de Zacarias (Zacarias 9:9), indicando a posse de um novo rei para Jerusalém. Esse rei seria o Salvador: humilde, triunfante e vitorioso.
Este rei acabaria com os carros de guerra em Israel, assim como a cavalaria e as flechas seriam destruídas, pois ele faria com que as nações vivessem em paz umas com as outras; de um mar a outro, haveria paz. Diferentemente de outras épocas, em que os reis entravam em Jerusalém com carros de guerra, artilharia pesada e um grande número de soldados, a entrada de Jesus, montado em um jumento e acompanhado de seus discípulos e seguidores, já nos mostra que a profecia de Zacarias foi concluída com êxito.
Gestos simples foram feitos, e aqueles realmente tocados pelo Espírito Santo de Deus foram lembrados de que o Messias chegou a Israel, para as ovelhas perdidas da casa do Senhor. Havia multidões em Jerusalém acompanhando a entrada de Jesus, e muitas pessoas o chamavam de profeta.
Os vendedores expulsos do Templo
Ao chegar ao Templo, Jesus derrubou todas as mesas dos cambistas e vendedores que ali realizavam negócios com os imigrantes que chegavam a Jerusalém para entrar no Templo. Uns forneciam a moeda para a compra de animais para sacrifícios, outros vendiam itens para ofertas, etc. Assim, transformavam a casa de oração em um negócio puramente lucrativo, que visava somente o lucro, não a salvação das almas. A venda ou troca de animais era, em princípio, legítima, mas os excessos e abusos se tornaram constantes.
Anteriormente, muitas famílias que moravam longe de Jerusalém e vinham ao Templo para festividades, sábados ou dias religiosos, não podiam carregar animais ou ofertas por grandes distâncias, tornando necessária a compra desses itens em Jerusalém, onde estava o Templo. Viajar por quilômetros até Jerusalém era perigoso e desafiador, justificando inicialmente a atividade dos cambistas. No entanto, a lucratividade do negócio se tornou o ponto focal, desviando-se do objetivo original de festejar e expressar gratidão a Deus. O Templo acabou se tornando uma espécie de mercado. Jesus, ao expulsar os cambistas, enfatizou que o Templo era um lugar de oração e não de lucro, um local para adoração, gratidão e união entre famílias. Infelizmente, os religiosos da época não intervieram para mudar essa situação, permitindo que Jesus demonstrasse o verdadeiro valor do Templo: um local de oração.
A árvore que não dá frutos
De manhã, ao voltarem para Jerusalém Jesus teve fome. Vendo uma figueira à beira do caminho, foi até ela, mas nada de frutos encontrou. Jesus disse à figueira: ” Nunca mais produza frutos!”. Em alguns momentos a figueira secou e isso ficou nítido aos que viam aqueles prodígios de Jesus à figueira. Os discípulos também ficaram espantados e exclamaram dizendo como era possível isso acontecer. Jesus responde aos discípulos primeiramente que se tiverem fé, sem duvidar, farão não só o que fez com a figueira, mas dirão aos montes que se mudem de lugar e isso acontecerá. Pois tudo que pedires com fé, em oração, receberás.
Além desse ensino maravilho da fé, Jesus nós da outra lição que não pode passar despercebido aqui, o ato de secar a figueira está relacionado às pessoas que deveriam dar frutos mas não dão. Pessoas que só demonstram pomposidade como aquela figueira que de longe enganava aos que viam com suas folhas verdes e vibrantes, mas ao chegarem perto nada de frutos havia nela. Isso é um claro lembrete que é necessário não só demonstrar postura e posicionamento de um filho de Deus, mas o mais importante é ter frutos, pois são os frutos que testemunham suas ações. Para aqueles que não dão frutos será através de uma ordem que secarão e não terão como crescer na fé pois não há frutos. Lembre-se, a árvore não dá frutos para si são para os que nela se achegam para então colherem seus frutos, ou seja, os frutos não são para você, são para as pessoas que se achegam a você.
Perguntam a Jesus sobre seus milagres e sua autoridade
Estando Jesus no Templo ensinando, alguns chefes dos sacerdotes e anciãos do povo se aproximaram dele, questionando com que autoridade realizava milagres e prodígios. Jesus propôs responder, mas somente se eles respondessem primeiro a uma pergunta. Ele perguntou sobre o batismo de João Batista: se a autoridade de João vinha dos homens ou de Deus. Os homens hesitaram em responder, pois sabiam que o batismo de João era divinamente ordenado, e que Deus havia dado autoridade a João, o último profeta nascido de mulher.
Os religiosos, voluntariamente cegos, recusavam-se a reconhecer os milagres e prodígios realizados pelo Messias para o povo. Não era Roma, mas sim os próprios religiosos, que mantinham Israel prisioneiro e escravizado. Diante da incapacidade dos religiosos de responder à pergunta de Jesus, o que os colocaria em contradição com suas próprias crenças, Jesus optou por não responder diretamente sobre sua autoridade. No entanto, na próxima parábola, ele abordaria a dúvida dos religiosos que não conseguiram expressar a verdade nem uma única vez.
Parábola dos dois filhos
Jesus propôs uma nova parábola, começando com a história de um pai que tinha dois filhos. O mais velho recebeu um pedido do pai para trabalhar na vinha da família. Inicialmente, ele recusou, mas depois se arrependeu e foi trabalhar. Por outro lado, o filho mais novo, ao receber o mesmo pedido, prontamente disse que iria, mas acabou não indo trabalhar na vinha do pai. Ao concluir a parábola, Jesus fez uma pergunta aos que o ouviam: “Qual dos dois filhos fez a vontade do pai?” Eles responderam: “O mais velho”. Então, Jesus disse ao público no Templo, especialmente aos religiosos que o ouviam, que os publicanos e as prostitutas entrarão no Reino de Deus antes daqueles que se consideram perfeitos. Ele explicou que os pecadores já estavam se arrependendo e ganhando a oportunidade de fazer parte do Reino dos Céus. “Pois João Batista veio a vocês no caminho da justiça, e vocês não creram nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram. E vocês, mesmo vendo isso, não sentiram remorso para crer nele.” Com isso, Jesus abordou abertamente as oportunidades que Deus oferece através do arrependimento e do batismo, oferecidos por João e por Ele, o Messias. Assim, Jesus respondeu àqueles que questionavam sua autoridade, encerrando a discussão iniciada entre os versos 23 e 27.
Parábola dos vinhateiros
No Templo, Jesus iniciou outra parábola diante de muitas pessoas, incluindo religiosos inconformados com a autoridade do Messias. Ele usava palavras de sabedoria para ensinar e corrigir através de parábolas. Um homem construiu uma vinha, cercou-a para proteção, e colocou uma torre de vigia. Após arrendar a vinha a vinhateiros, ele partiu para o exterior. Durante a colheita, enviou servos para receber os frutos, mas os arrendatários mataram todos os enviados. Decidido, o dono enviou seu filho, esperando que tivessem compaixão dele. Contudo, os arrendatários planejaram e mataram o filho para ficar com a herança.
Aqui, uma pausa para explicação: na parábola, o dono da vinha representa Deus, a vinha é o Seu povo, os arrendatários são os líderes religiosos judaicos, os servos são os profetas, e o filho simboliza Jesus. Jesus está propondo que Deus cobrará responsabilidade dos líderes judaicos e mudará essa liderança para pessoas que produzirão frutos, mantendo Israel e seu povo, com os remanescentes sendo salvos pela fé no Messias.
Continuando a parábola, Jesus cita o Salmo 118:26, relacionando-o com a pedra angular, essencial na construção, mas que pode ser um obstáculo para aqueles que a rejeitam. Assim, o dono da vinha cobrará dos arrendatários os frutos no tempo da colheita. Os chefes dos sacerdotes e fariseus, percebendo que as parábolas se referiam a eles, buscaram prender Jesus, mas hesitaram devido ao medo das multidões, que o consideravam um profeta.
Não esqueça de comentar o aqui o que acabou de estudar com a gente.
Que o Senhor nos dê forças para seguir adiante.
Fernando Rabello (11) 9 5489-8507
fernandorabello@estudandoabiblia.org
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