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Sumário
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Título | Estudo Bíblico – Evangelho de Mateus |
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Premissa | Compreender a Bíblia no contexto original judaico. |
Escrito por | Fernando Rabello – fernandorabello@white-albatross-210790.hostingersite.com |
Capítulo 3 – A pregação de João Batista
Entendimento – Verso 1 ao 12
Fernando Rabello
João Batista é primo de Jesus. O livro de Lucas aborda esse parentesco de maneira mais detalhada do que Mateus. Neste capítulo, temos o relato da vida adulta de Jesus, pois nos dois capítulos anteriores, Jesus ainda era uma criança. No início da vida adulta de Jesus, João, conhecido como o Imersor, batizava pessoas no rio Jordão. Nós o conhecemos como João Batista.
João Batista, ou o Imersor, era o canal que ligava os céus à terra. Ele conduzia as pessoas ao arrependimento. Antes de entrar no assunto do arrependimento, quero trazer o significado da imersão e seu simbolismo.
Batismo de imersão:
- Símbolo de purificação e renovação. O batismo já era conhecido das religiões antigas e do judaísmo.
- No judaísmo, a imersão ritual se dá na purificação externa do corpo. As banheiras (Micvê) são um exemplo disso.
- O batismo de João se diferencia do judaísmo e das religiões mais antigas por três aspectos: 1° – Não era um ritual, mas um processo de renovação moral na vida da pessoa; 2° – Não se repetia, o que lhe confere o caráter de iniciação; 3° – Tem finalidade escatológica. O batismo introduzia o batizado no grupo dos que professavam a espera do Messias, que estava por vir, e que constituíam, por antecipação, sua comunidade.
- O simbolismo do batismo pode ser o mesmo em relação ao batismo de outras religiões, pois está ligado à ação de se banhar, ou seja, ao externo da pessoa. No entanto, o aspecto principal se dá na mudança interna causada pelo Espírito de Deus. O batismo de fogo mencionado por João é uma purificação completa. O fogo purifica e refina o ouro, e assim é comparado ao mesmo aspecto na vida do novo cidadão dos céus. A intervenção soberana de Deus através do batismo do fogo visa purificar primeiramente nossa consciência. Quando Jesus te batiza com o fogo, ele te purifica e te retorna ao estado original do Éden. Obviamente, por estarmos andando em terras (mundo) ainda sujas, no longo caminho que percorreremos, iremos nos sujar novamente (pecar, transgredir a Lei de Deus), mas esse “sujar” será apenas em nossos pés e não no nosso interior, corpo ou vestimenta. Lembre-se de que Jesus limpou os pés de Pedro e dos outros discípulos, pois eles já haviam passado pelo processo de purificação (batismo – água e fogo), mas ao andarem, seus pés se contaminaram, e é necessário nos purificar disso, assim como Jesus fez.
O arrependimento:
- Primeiramente, arrepender-se significa “voltar-se para Deus”.
- O termo original em hebraico é “Teshuvá” (תשובה). Felizmente, o grego manteve o mesmo significado, mas em termos filosóficos a palavra muda para “Metanoia” e “Epistrephein”. “Metanoia” refere-se à mudança de pensamento e sentimentos, designando a renúncia ao pecado e o “arrependimento”. “Epistrephein” se refere à conversão, pela qual o ser humano se volta para Deus e empreende uma nova vida. A conversão nada mais é do que “virar-se para uma direção oposta à que se está indo”. Se antes estávamos andando em uma direção (normalmente o caminho que nos leva ou mantém no pecado), após o batismo por água e fogo e ao vivermos o Evangelho de Jesus, mudaremos a rota de nossas vidas, agora em direção oposta à que estávamos. Lembre-se disso: “voltar-se para uma direção oposta à que estávamos”.
- Quando o cidadão dos céus trilha o caminho do Criador, está em boas mãos e seu caminho é seguro. O arrependimento é a chave para uma vida dirigida por Deus e por Sua Palavra, pois se não nos arrependermos, nunca aprenderemos as lições que a vida nos apresenta. Se não reconhecermos a necessidade do arrependimento, talvez continuaremos a errar continuamente.
Agora que já entendemos os dois processos de arrependimento e purificação, podemos seguir no estudo.
Entendimento – Verso 13 ao 17
Fernando Rabello
João Reluta em Batizar Jesus.
Considerando as palavras de Jesus: “Deixa por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15). Como mencionado anteriormente, o batismo de João era para o perdão de pecados. Jesus quis se batizar precisamente para dar o exemplo a nós. Era necessário que Jesus se identificasse com os pecadores, sendo o modelo a ser seguido. Não há dúvidas de que Jesus não pecou e foi morto como inocente, mas era essencial que Ele nos desse esse exemplo, mostrando que viveu como homem nesta terra em que habitamos. Assim, Ele demonstrou na prática como devemos viver nela.
Quando João repreendeu os fariseus e saduceus por buscarem o batismo sem se arrependerem, isso serve como um alerta para nós. Batismo não é um ritual, é um ato de arrependimento. Quando João diz no verso 8 – “Produzam, então, fruto digno de arrependimento e não pensem que basta dizer: Temos por pai a Abraão”, ele está enfatizando que, após o batismo, é necessário produzir frutos reais de uma mudança em sua vida. Seguindo a exortação de João, no verso 10, ele diz: “O machado já está posto à raiz de todas as árvores, e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo”. A religiosidade pode nos afastar completamente de Deus, tornando-nos semelhantes a robôs, caracterizados pelo esfriamento espiritual. Precisamos ter discernimento e saber separar tudo que é ilícito de nossas vidas, produzindo frutos reais de arrependimento.
Deus apresenta seu ungido
Após Jesus se batizar, cumprindo o mandamento de Deus, os céus se abriram e as pessoas presentes naquele momento puderam ver o Espírito de Deus descendo como uma pomba e pousando sobre Jesus. Simultaneamente, uma voz vinda dos céus proclamava: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Essa voz foi ouvida por todos que estavam presentes naquele momento. Isso foi uma demonstração real do poder de Deus através do batismo. A voz de Deus ouvida e a pomba, simbolizando o Espírito de Deus, foram manifestações para que aqueles ao redor pudessem reconhecer o ungido de Deus.
Essa visão de Mateus apresenta Jesus como o verdadeiro servo anunciado por Isaías. No entanto, o termo “Filho”, que acaba por substituir o termo “Servo” (graças ao duplo sentido da palavra grega pais), revela o caráter messiânico e propriamente filial de sua relação com o Pai.
Se somos feitas novas criaturas teremos novos desafios pela frente.
Fernando Rabello (11) 9 5489-8507
fernandorabello@white-albatross-210790.hostingersite.com
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