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Neste estudo, vamos destacar:

  • A perseguição que os discípulos enfrentariam após a partida de Jesus.
  • A promessa do Consolador e sua atuação no convencimento do mundo.
  • A transição da tristeza para a alegria por meio da ressurreição.
  • A revelação do acesso direto ao Pai por meio de Jesus.
  • A vitória de Jesus sobre o mundo como fonte de paz e coragem.

Introdução

  • O décimo sexto capítulo do Evangelho de João conclui o último discurso de Jesus antes de Sua prisão. Aqui, Ele prepara os discípulos com palavras firmes, porém cheias de amor. Jesus revela que eles seriam perseguidos e que a tristeza os tomaria por um tempo, mas também promete a vinda do Espírito Santo, o Consolador, que os guiaria em toda a verdade. É neste capítulo que Jesus anuncia que, por meio dEle, os discípulos teriam acesso direto ao Pai, e encerra com uma das declarações mais reconfortantes das Escrituras: “Tende bom ânimo, eu venci o mundo”. João 16 é um convite à confiança, à perseverança e à oração viva no nome do Messias.

Tema central:

  • A fé no Messias nos conduz à comunhão com o Pai e à vitória sobre o mundo. Por meio do Espírito Santo, somos fortalecidos para suportar as aflições com paz e esperança.

Principais personagens:

  • Jesus;
  • Os discípulos;
  • O Espírito Santo (Consolador);
  • O Pai, que agora é revelado como acessível aos que crêem em Jesus.

Lições principais:

  • A perseguição não é sinal de derrota, mas de fidelidade ao Evangelho.
  • O Espírito Santo revela o pecado, a justiça e o juízo, guiando os fiéis em toda a verdade.
  • A tristeza da ausência de Jesus se transforma em alegria com Sua ressurreição.
  • O acesso ao Pai é uma realidade para todos que creem e oram em nome de Jesus.
  • A paz prometida por Jesus é mais forte do que qualquer aflição terrena.
  • A vitória de Jesus sobre o mundo garante a esperança dos que O seguem.

Principais versículos:

  • 16:1 — “Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis.”
  • 16:7 — “Convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.”
  • 16:8 — “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.”
  • 16:20 — “Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.”
  • 16:23 — “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.”
  • 16:27 — “Pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus.”
  • 16:33 — “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo: eu venci o mundo.”

Comentário em áudio:


A Perseguição que Virá (João 16:1-4)

1― Digo isso para que vocês não venham a tropeçar. 2Vocês serão expulsos das sinagogas; de fato, virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus. 3Farão essas coisas porque não conheceram nem o Pai nem a mim. 4Digo isso para que, quando chegar a hora, lembrem‑se de que eu os avisei. Não disse isso a vocês no princípio porque eu estava com vocês.

Comentário:

Jesus, ao falar abertamente aos seus discípulos sobre o tratamento que receberiam por simplesmente crerem em sua Palavra, antecipou o que aconteceria após sua partida. Ele os encorajou a manterem a fé firme, mesmo quando o caminho se tornasse difícil. Suas palavras foram claras: “Não percam a fé quando o mundo se levantar contra vocês.” Jesus alertou que os líderes religiosos daquela época, pensando estar cumprindo a vontade de Deus, iriam se opor aos discípulos e à obra do Messias. Mas, na verdade, estariam sendo guiados pelo inimigo. Não podemos nos esquecer de que, no capítulo anterior, Jesus já havia avisado que eles não estariam sozinhos, pois seriam guiados pelo Espírito. Toda direção e instrução seria dada pelo Conselheiro que atua em nós por meio de seu Espírito. Essas advertências se cumpriram nos anos seguintes, conforme vemos no livro de Atos.

Desde que essas palavras de Jesus foram pronunciadas, o Evangelho tem sido pregado em todos os cantos da terra. No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos os relatos das ações dos discípulos que deram continuidade ao que Jesus iniciou. Esses mesmos discípulos seguiram adiante, confiantes na Palavra de Jesus. Muitos deles foram mortos justamente por pregar a Palavra de salvação do Messias. Outros foram impedidos de participar das reuniões nas sinagogas e perseguidos por homens que acreditavam estar fazendo a obra de Deus, como Jesus descreveu no verso 3.

Saulo de Tarso (Apóstolo Paulo) é um exemplo clássico de perseguição motivada por zelo legalista¹. Sua visão da Lei era rígida e voltada ao castigo, e ele acreditava estar fazendo a vontade de Deus ao perseguir os discípulos de Jesus. Porém, faltava-lhe a revelação da misericórdia contida na própria Lei. Após seu encontro com o Messias, Paulo passou a enxergar a Lei como boa e justa, mas entendeu que ela nos conduz à graça, e não à condenação. O zelo pela justiça permaneceu, mas agora transformado pela compaixão do Espírito. Conhecemos o desfecho da vida de Paulo, que se tornou um exemplo vivo das palavras de Jesus. E temos a certeza de que o mesmo Espírito que atuou em Paulo continua atuando em nós hoje. Sabemos que o zelo pela Palavra de Deus é requerido aos que tem fé no Messias, mas zelo sem conhecimento é burrice. Leia Romanos 10.

Para o cristão de nossos dias, o termômetro dessas palavras de Jesus será este: quando as pessoas do mundo se voltarem contra você e a perseguição parecer pesada, lembre-se, isso é sinal de que você está trilhando o caminho certo, o caminho da salvação. Jesus nos disse essas coisas para que, quando enfrentarmos dificuldades, não tropecemos, mas sigamos firmes, confiando na promessa que Ele nos deixou.

Notas:

¹ – Legalista é alguém que defende a estrita adesão às leis e regulamentos, priorizando a legalidade e o cumprimento das normas estabelecidas. Essa postura é comum em diversas áreas, como na política, na gestão de empresas e na sociedade em geral. “Ser legalista no sentido de amar a Lei de Deus e desejar que ela seja cumprida é nobre. O problema é quando esse zelo se transforma em pedra na mão, e não em compaixão no coração. Paulo, antes de conhecer o Messias, via a Lei como instrumento de punição; depois, passou a vê-la como sinal que nos leva à graça.”


A Vinda do Consolador (João 16:5-15)

5― Agora que vou para aquele que me enviou, nenhum de vocês me pergunta: “Para onde vais?”. 6Por causa do que eu disse, o coração de vocês se encheu de tristeza. 7Contudo, afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês, mas, se eu for, eu o enviarei. 8Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. 9Do pecado, porque os homens não creem em mim; 10da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; 11do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado.

12― Tenho ainda muito que dizer, mas vocês não o podem suportar agora. 13Quando, porém, o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir e anunciará a vocês o que está por vir. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o anunciará a vocês. 15Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso, eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o anunciará a vocês.

Comentário:

Como Jesus prometeu, o Espírito Santo, também chamado de Consolador, virá para ajudar e guiar todos os que creem em Deus. Naquele momento, Jesus ainda não havia falado sobre o Espírito Santo, pois Ele mesmo estava presente com os discípulos, oferecendo conforto e direção. Sua presença era suficiente para consolar e encorajar. Porém, Jesus sabia que Sua missão na terra estava chegando ao fim, e esse discurso preparatório visava preparar os discípulos para o que viria depois de Sua subida aos céus.

Quando o Espírito Santo vier, Ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Sua ação revelará o que precisa ser transformado, não com o objetivo de condenar, mas de nos levar ao arrependimento e à renovação. O Espírito tocará os corações e guiará os fiéis em toda a verdade, revelando a vontade de Deus de forma contínua. Com essa direção divina, teremos a chance de construir uma vida nova, cheia de coisas boas, que sejam de boa fama e dignas de louvor ao Senhor, assim como foi profetizado pelos profetas sobre o Espírito de Deus. Muitos profetas no Antigo Testamento apontavam para este dia, o dia em que a Lei de Deus estaria no coração das pessoas e não mais em pedras.

A conexão entre a Lei de Deus no coração e o selo da promessa é uma das pontes mais ricas entre o Antigo e o Novo Testamento. Ela mostra como a aliança se desenvolve: de algo externo, escrito em tábuas, para algo interno, gravado no coração, culminando com a ação do Espírito Santo. Abaixo, uma lista contendo as referências bíblicas sobre o tema:

Antigo Testamento

Jeremias 31:33 “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

Essa é a profecia mais direta sobre a transição da Lei escrita (tábuas de pedra) para uma Lei interna, moldada pela relação viva com Deus.

Ezequiel 36:26-27 “Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Porei o meu Espírito dentro de vós e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”

Aqui, a promessa do Espírito é diretamente associada ao cumprimento da Lei de Deus no coração. Essa profecia já aponta para o que o Novo Testamento chama de “selo da promessa”.

Deuteronômio 6:6 “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.”

Essa instrução faz parte do Shema Israel (Deuteronômio 6:4-9) e já mostra a intenção de Deus de que sua Lei fosse internalizada, mesmo antes da nova aliança ser revelada.

Salmos 40:8 “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração está a tua lei.”

Davi expressa aqui o ideal do relacionamento com Deus: obedecer não por obrigação, mas por desejo, com a Lei escrita no íntimo.

Isaías 51:7 “Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo em cujo coração está a minha lei…”

Mais uma vez, o conceito de que a verdadeira justiça está ligada à Lei de Deus no coração, não apenas em mandamentos externos.

Novo Testamento:

Hebreus 8:10 (citando Jeremias 31:33) “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel… porei as minhas leis na sua mente, e as escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

Aqui, o autor de Hebreus confirma que a nova aliança prometida em Jeremias é cumprida por meio de Jesus, o Messias, com a Lei agora implantada no coração dos que crêem.

Efésios 1:13 “…tendo também nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.”

Este é o selo mencionado que cumpre as profecias de Ezequiel. O Espírito é quem habilita o coração regenerado a obedecer a Deus por amor, não por imposição externa.

2° Coríntios 3:3 “…sois carta de Cristo, ministrada por nós, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.”

Esse é um dos textos mais ricos. Paulo mostra que os crentes são a nova tábua da aliança, agora escrita com o Espírito, exata aplicação de Jeremias e Ezequiel.


A Tristeza que se Converterá em Alegria (João 16:16-22)

16― Mais um pouco, e já não me verão; um pouco mais, e me verão de novo.

A tristeza dos discípulos se tornará em alegria

17Alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros:

― O que ele quer dizer com isso: “Mais um pouco, e não me verão; um pouco mais, e me verão de novo”; e: “porque vou para o Pai”? 18Então, perguntavam:

― O que quer dizer com “um pouco mais”? Não entendemos o que ele está dizendo.

19Jesus percebeu que desejavam interrogá‑lo a respeito disso, portanto lhes disse:

― Vocês estão perguntando uns aos outros o que eu quis dizer quando falei: “Mais um pouco, e não me verão; um pouco mais, e me verão de novo”? 20Em verdade lhes digo que vocês chorarão e se lamentarão, mas o mundo se alegrará. Vocês se entristecerão, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria. 21A mulher que está dando à luz sente dores, porque chegou a sua hora, mas, quando o bebê nasce, ela se esquece do sofrimento, por causa da alegria de ter gerado um filho no mundo. 22Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém tirará essa alegria de vocês.

Comentário:

Com o momento de sua prisão se aproximando, Jesus alertou os discípulos de que, em breve, eles não o veriam mais, pois sua hora havia chegado. O Filho do Homem seria retirado da terra. O traidor já se movia para entregá-lo aos líderes religiosos, e essa traição resultaria em sua prisão e morte. Suas palavras preparavam os discípulos para essa perda momentânea, uma despedida que seria profundamente dolorosa.

No entanto, ao falar da ressurreição, Jesus trouxe esperança ao afirmar que voltaria a vê-los. Ele comparou essa separação à experiência de uma mulher prestes a dar à luz: antes do nascimento, ela sente medo e dor, mas, ao segurar seu filho nos braços, toda angústia é esquecida. Da mesma forma, a tristeza dos discípulos seria transformada em alegria quando vissem o Messias ressuscitado, uma alegria que nenhuma dor passada poderia apagar.

A alegria prometida por Jesus não se limita ao reencontro após a ressurreição, mas se manifesta no hoje, no agora; pois nasce da certeza de que a morte foi vencida. A ressurreição é a prova de que a esperança não será frustrada, e que toda dor, no Reino de Deus, é passageira quando comparada à glória que virá.


A Promessa da Oração em Seu Nome (João 16:23-28)

23Naquele dia, vocês não me perguntarão mais nada. Em verdade lhes digo que o meu Pai dará a vocês o que pedirem em meu nome. 24Até agora, vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão para que a alegria de vocês seja completa.

25― Embora eu tenha falado por meio de figuras, mas vem a hora em que deixarei de usar esse tipo de linguagem e falarei abertamente a respeito do meu Pai. 26Nesse dia, vocês pedirão em meu nome. Não digo que pedirei ao Pai em favor de vocês, 27pois o próprio Pai os ama, uma vez que vocês me amaram e creram que eu vim de Deus. 28Eu vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai.

Comentário:

Até aquele momento, os discípulos ainda não tinham feito pedidos ao Pai em nome de Jesus. Mas Jesus os ensinou que, ao orar ao Pai em seu nome, eles seriam atendidos e sua alegria seria completa. Ele é o caminho para o céu, a porta que nos leva diretamente ao trono de Deus. A partir da ressurreição e da fé no Messias, eles teriam pleno acesso ao Pai. Jesus, com amor e clareza, explicou que, estando em comunhão com Ele, não seria necessário que Ele intercedesse diretamente, pois o próprio Pai os ama e os ouve.

Isso revela algo interessante: o relacionamento com o Pai seria tão íntimo, tão direto, que os próprios discípulos poderiam se achegar a Ele com confiança. A fé em Jesus rompeu a barreira, pois crer no Filho é conhecer o Pai. Como Jesus havia dito a Filipe: “Quem me vê, vê o Pai” (João 14 9). Agora, esse conhecimento não seria mais teórico, mas relacional. Quem ama a Jesus e crê que Ele veio de Deus, é amado pelo Pai e tem livre acesso a Ele.

No verso 26, Jesus afirma que, naquele dia, os discípulos pedirão diretamente ao Pai em seu nome. E no verso 27, Ele esclarece que não precisará rogar por eles, pois o próprio Pai os ama. Isso mostra que o objetivo das palavras e da missão de Jesus foi cumprido: reconciliar o ser humano com Deus. A fé no Messias destrói o véu da separação.

Esse talvez seja o maior exemplo que Jesus nos deixou sobre a oração. A oração não é apenas um ato religioso, mas um estilo de vida, uma expressão da nossa comunhão com o Criador. Viver sem oração é viver sem direção, pois se não nos relacionarmos com Deus em espírito e em verdade, como saberemos se estamos no caminho certo?

Infelizmente, muitos ainda rejeitam o Messias porque não compreendem essa verdade: não se pode conhecer verdadeiramente o Pai sem crer no Messias. Ele é o único caminho. E quando oramos em seu nome, demonstramos fé nEle e no Pai que o enviou.


Vitória sobre o Mundo (João 16:29-33)

29Então, os discípulos de Jesus disseram:

― Agora estás falando claramente, não por figuras. 30Agora podemos perceber que sabes todas as coisas; nem sequer precisas que te façam perguntas. Por isso, cremos que vieste de Deus.

31Jesus respondeu:

― Agora vocês creem? 32Aproxima‑se a hora, e já chegou, quando vocês serão espalhados, cada um para a sua casa. Vocês me deixarão sozinho. Eu, porém, não estou sozinho, pois o meu Pai está comigo.

33― Eu disse isso para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo, vocês terão aflições; contudo, tenham coragem! Eu venci o mundo.

Comentário:

Em meio àquele momento de muita tensão, em que Jesus estava cercado por seus discípulos nos últimos instantes de sua vida, Ele profetizou algo que parecia incompreensível para eles: todos seriam dispersos, cada um seguiria o seu caminho, deixando Jesus sozinho. Apesar da confiança inicial dos discípulos, como no caso de Pedro, que no capítulo 13 38 declarou que estaria disposto a morrer por Ele, a realidade foi bem diferente. Pedro acabou negando o Messias três vezes. Mesmo assim, Jesus permaneceu firme até o fim, oferecendo sua vida por todos aqueles que buscam a salvação.

Suas palavras, carregadas de amor e encorajamento, visavam fortalecer não apenas os discípulos, mas também todas as gerações futuras. Ele antecipava o desfecho de todas as coisas e oferecia uma mensagem de coragem e esperança. Os discípulos reconheceram a clareza de Suas palavras, sem a necessidade de figuras ou parábolas, e entre essas palavras está uma das declarações mais conhecidas da Bíblia: “Eu vos disse essas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo, tereis aflições, mas tende bom ânimo: eu venci o mundo.”

Essa promessa é uma fonte de força e confiança. Ela nos lembra que, embora enfrentemos dificuldades e desafios ao longo da vida, eles fazem parte do caminho que nos conduz à vida eterna. A coragem se torna essencial para enfrentar esses obstáculos, e a paz que Jesus oferece não é ausência de conflito, mas presença de certeza. Quando Jesus fala sobre vencer o mundo, Ele não se refere apenas ao mundo físico, mas a tudo aquilo que se opõe ao Reino de Deus: o pecado, o mal e as forças que oprimem a humanidade.

E mesmo quando falhamos, como falharam os discípulos naquela noite, Ele permanece fiel. A vitória de Jesus não depende de nossa força, mas do amor e da obediência que Ele demonstrou até o fim. Com essa vitória em mente, podemos enfrentar nossas batalhas com esperança, sabendo que a vitória final já foi conquistada pelo Messias, e que o bem, a justiça e a vida triunfarão com Ele.


Glossário de Termos Chave

  • Consolador (Paráclito): Termo utilizado por Jesus para se referir ao Espírito Santo. Significa aquele que é chamado para estar ao lado, para ajudar, consolar, encorajar e guiar.
  • Perseguição: Sofrimento, opressão ou tratamento hostil infligido a um grupo ou indivíduo por causa de suas crenças, raça, religião, etc. No contexto, refere-se à hostilidade contra os seguidores de Jesus.
  • Legalista: Pessoa que defende a estrita adesão às leis e regulamentos, priorizando a legalidade e o cumprimento das normas estabelecidas.
  • Zelo Legalista: Um fervor excessivo ou paixão pela aplicação estrita da lei, que pode levar à rigidez e à falta de misericórdia. O exemplo de Saulo de Tarso é usado para ilustrar este conceito.
  • Conselheiro: Outro termo para o Espírito Santo, enfatizando Sua função de dar direção e instrução.
  • Convencer do Pecado, da Justiça e do Juízo: Ação específica do Espírito Santo descrita por Jesus. Convencer do pecado é mostrar que o maior pecado é não crer em Jesus; da justiça é validar a retidão de Jesus por Sua ida ao Pai; e do juízo é mostrar que o inimigo (príncipe deste mundo) já está condenado.
  • Espírito da Verdade: Nome dado por Jesus ao Espírito Santo, que indica Sua função de guiar os crentes a toda a verdade.
  • Lei no Coração: Conceito profético (Antigo Testamento) e teológico (Novo Testamento) de que, na nova aliança, a Lei de Deus não estaria mais escrita em tábuas de pedra, mas gravada internamente na mente e no coração dos crentes pelo Espírito Santo.
  • Selo da Promessa: Expressão do Novo Testamento (especialmente em Efésios) que se refere à garantia dada pelo Espírito Santo de que os crentes pertencem a Deus e têm a promessa da vida eterna.
  • Figuras (Parábolas/Linguagem Figurativa): Forma de ensino usada por Jesus, que consiste em ilustrações ou comparações para transmitir verdades espirituais. Jesus promete falar mais abertamente, sem figuras, sobre o Pai.
  • Pedir em Meu Nome: Prática de oração onde os discípulos se achegam ao Pai com a autoridade e por meio da identidade de Jesus. Isso implica fé em Jesus como o caminho e mediador.
  • Alegria Completa: A plenitude da felicidade e satisfação que os discípulos experimentarão ao ter suas orações atendidas e ao reencontrar Jesus, bem como a certeza de Sua vitória.
  • Príncipe Deste Mundo: Título para Satanás, o líder das forças espirituais malignas que se opõem a Deus. Sua condenação é um tema abordado por Jesus.
  • Vitória sobre o Mundo: A superação de Jesus sobre o pecado, o mal, a morte e todas as forças que se opõem ao Reino de Deus. Essa vitória assegura a paz e a esperança para os crentes.

Estudando a Bíblia

Tanach & Brit Hadashá

www.estudandoabiblia.org


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