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Sumário
ToggleNeste estudo, vamos destacar:
- O entendimento sobre o tanque de Betesda que remonta séculos de história e controvérsias.
- A visão de João sobre o Messias e como Ele é apresentado ao mundo.
- O impacto da mensagem de João na teologia cristã.
- Como podemos aplicar a mensagem em nossa vida.
Introdução
O quinto capítulo do Evangelho de João nos apresenta uma poderosa demonstração da autoridade de Jesus, que não só realiza milagres, mas também afirma seu papel divino como Filho de Deus. Neste capítulo, vemos Jesus curando um homem doente no Tanque de Betesda, desafiando as expectativas da época sobre a cura e a fé. A mensagem central de João 5 revela que a verdadeira vida eterna vem de crer em Jesus e reconhecer Sua autoridade divina. Além disso, o capítulo destaca a relação única de Jesus com o Pai, revelando que Seu ministério de cura e juízo é um reflexo direto da vontade de Deus. Ao longo deste estudo, veremos como a mensagem de João 5 não só revela a identidade de Jesus, mas também nos desafia a aplicar Sua palavra em nossas vidas, buscando a verdadeira transformação por meio do Messias.
Tema central:
- A salvação em Jesus quebra barreiras e alcança aqueles que muitas vezes são considerados distantes, como os doentes, os marginalizados e até os gentios. Em João 5, vemos que a cura física realizada por Jesus é um reflexo da cura espiritual que Ele oferece a todos que creem n’Ele. A fé em Jesus não só gera milagres, mas também se torna um testemunho vivo que transforma vidas. Ao reconhecer Sua autoridade e poder, os crentes experimentam uma renovação interior que ultrapassa limitações e traz a verdadeira transformação, revelando o poder de Deus em ação para aqueles que confiam em Seu Filho.
Principais personagens:
- Jesus;
- O homem curado no Tanque de Betesda;
- Os religiosos judeus;
- O Pai (Deus Pai).
Lições principais:
- A autoridade divina de Jesus: Em João 5, Jesus revela sua autoridade divina, afirmando que Ele e o Pai estão unidos em vontade e ação. Ele tem o poder de curar, restaurar e até de julgar, mostrando que a salvação e a vida eterna vêm por meio d’Ele.
- A fé traz transformação: A cura do homem no Tanque de Betesda é um exemplo de como a fé em Jesus traz transformação. O homem foi curado não pelas águas do tanque, mas pela palavra e poder de Jesus. Isso ilustra que nossa fé no Messias é o que realmente traz a mudança em nossas vidas, não em rituais ou práticas externa.
- A obediência a Deus é essencial: Jesus desafia os líderes religiosos, mostrando que a verdadeira obediência a Deus não está em seguir regras externas, como a observância do sábado, mas em aceitar e viver de acordo com a Sua palavra. A cura realizada por Jesus no sábado mostra que a vontade de Deus é mais importante do que tradições religiosas.
- Testemunhos de quem Jesus é: João 5 destaca cinco testemunhos sobre Jesus: João Batista, as obras de Jesus (milagres), o Pai (Deus), as Escrituras e Moisés. Esses testemunhos confirmam a identidade de Jesus como o Messias e o Filho de Deus, e reforçam que a fé nele é o caminho para a salvação.
- A importância de crer nas Escrituras: Jesus chama atenção para o fato de que, se as pessoas não creem nas Escrituras que falam sobre Ele, também não crerão em Sua palavra. A fé nas Escrituras é fundamental para compreender quem Jesus é e o que Ele veio fazer no mundo.
Principais versículos:
- 5:6 ― Quando Jesus o viu deitado e soube que ele estava assim há tanto tempo, perguntou-lhe: “Você quer ser curado?”
- 5:8 ― Então Jesus lhe disse: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande.”
- 5:17 ― Jesus lhes respondeu: “Meu Pai está trabalhando até agora, e eu também estou trabalhando.”
- 5:19 ― Jesus lhes deu esta explicação: “Digo-lhes a verdade: O Filho nada pode fazer de si mesmo, a não ser o que vê o Pai fazendo; o que o Pai faz, o Filho também faz.”
- 5:24 ― Digo-lhes a verdade: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado; já passou da morte para a vida.
- 5:39-40 ― “Vocês examinam as Escrituras porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. Elas são as que testemunham a meu respeito, mas vocês se recusam a vir a mim para ter vida.”
Cura no Tanque de Betesda (João 5:1-18)
1Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. 2Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque com cinco entradas ao redor, o qual, em hebraico, é chamado Betesda. 3Ali costumava ficar um grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. 4 5Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos. 6Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado havia tanto tempo, Jesus lhe perguntou:
― Você quer ser curado?
7O paralítico disse:
― Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim.
8Então, Jesus lhe disse:
― Levante‑se! Pegue a sua maca e ande.
9Imediatamente, o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar.
Isso aconteceu em um sábado, 10e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado:
― Hoje é sábado; não é permitido a você carregar a maca.
11Ele, porém, respondeu:
― O homem que me curou disse: “Pegue a sua maca e ande”.
12Então, lhe perguntaram:
― Quem é esse homem que mandou você pegar a maca e andar?
13O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão.
14Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse:
― Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você.
15O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
A autoridade do Filho
16Então, os judeus passaram a perseguir Jesus, porque ele fazia essas coisas no sábado. 17Jesus lhes disse:
― O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho.
18Por essa razão, os judeus queriam matá‑lo ainda mais, pois não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era o seu próprio Pai, e assim se fazia igual a Deus.
Comentário:
Jesus curou o enfermo sem que ele precisasse entrar no tanque, pois essa era a crença popular de quem esperava pelo agitar das águas. Havia muitos enfermos ao redor, todos esperando o momento em que as águas se moveriam para tentar ser curados. No entanto, Jesus, com Sua autoridade, operou o milagre diretamente, sem direcionar o enfermo ao movimento das águas. Após a cura, Jesus deu uma advertência ao homem: “Vá e não peques mais, para que algo pior não lhe aconteça.” Isso sugere que a enfermidade do homem poderia estar relacionada a algum pecado em sua vida passada, e Jesus o alertou sobre a importância de viver de maneira justa, colocando sua confiança não em práticas populares, mas exclusivamente em Deus. O homem, que havia esperado a cura por meio de um tanque associado culturalmente a práticas pagãs, foi curado pelo Senhor dos senhores, Jesus, o Messias de Nazaré.
No contexto do Evangelho de João, escrito no século I d.C., Jerusalém estava sob domínio romano, e a cultura helenística (grega) exercia forte influência na região. Práticas religiosas pagãs, como o culto aos deuses da saúde e da cura, eram comuns no mundo romano e grego. Há evidências de que o Tanque de Betesda tinha influências pagãs, especialmente relacionadas ao culto greco-romano ao deus da medicina, Asclépio (Esculápio, na Roma antiga). Estudos arqueológicos e históricos sugerem que o Tanque de Betesda poderia ter sido um local dedicado a Asclépio, refletindo a helenização de Jerusalém sob o domínio romano.
O verso 4 do texto, será uma adição tardia do manuscrito original
O verso 4 de João 5 é considerado por muitos estudiosos uma adição tardia ao manuscrito original. Em algumas Bíblias, o verso aparece entre [colchetes], enquanto outras versões citam o seguinte:
“Eles esperavam um
movimento da água. 4 Porque, de vez em quando, descia um
anjo do Senhor e agitava a água. O primeiro que entrasse no
tanque, depois de agitada a água, era curado de qualquer
doença que tivesse.”
Há indícios de que o copista tenha inserido essa explicação posteriormente para justificar o milagre associado ao movimento das águas. A ideia poderia ter sido uma tentativa de judaizar o santuário pagão, associando-o a práticas religiosas do judaísmo. ²Rodrigo Silva, arqueólogo brasileiro, apresenta uma explicação sobre essa possível adição ao texto, e você pode assistir ao vídeo dele, onde ele fala sobre o assunto e o contexto histórico e arqueológico do Tanque de Betesda.
Independentemente dessa possível adição, é importante que, mesmo que tenha havido um erro na tentativa de explicar o mistério do movimento das águas, o texto deixa claro que o poder de cura não estava nas águas, mas em Deus. O milagre ocorre não por causa da criação, mas pelo Criador. Quando Jesus ordena a cura, o homem não foi curado pelas águas. Ele imediatamente se levantou, pegou sua maca e andou. Mais adiante, o texto relata a represália dos líderes religiosos judeus pelo fato de o homem estar carregando sua maca no sábado, mas esse aspecto fica em segundo plano, pois o milagre já aconteceu. O que se segue são as perseguições, não o foco da cura.
O tanque de Betesda
O Tanque de Betesda mencionado no Evangelho de João está localizado em Jerusalém, perto da porta das ovelhas, e é descrito como um grande reservatório de água com cinco pórticos, ou colunatas. Na época de Jesus, o Tanque de Betesda era reconhecido como um local de cura, com águas que, segundo a tradição, eram agitadas por um anjo, oferecendo cura ao primeiro que nelas entrasse após o movimento. Contudo, há indícios de que o local também possuía influências pagãs, especialmente relacionadas ao culto greco-romano ao deus da medicina, Asclépio (conhecido como Esculápio na Roma antiga). Estudos arqueológicos e históricos sugerem que o Tanque de Betesda poderia ter sido uma instalação dedicada a Asclépio, refletindo a helenização de Jerusalém durante o domínio romano.
Historicamente, o Tanque de Betesda foi identificado como um grande reservatório de água usado para fornecer água à cidade, especialmente para rituais de purificação. Arqueologicamente, o local foi escavado e identificado nas proximidades da Igreja de Santa Ana, em Jerusalém, onde fragmentos das colunatas e outros vestígios foram encontrados, confirmando a existência do tanque. No entanto, a crença na cura milagrosa através da água agitada é algo que remonta à tradição judaica da época.
Uma mensagem de esperança e fé
Muitas vezes, as pessoas depositam suas esperanças em coisas, práticas ou soluções externas, sem perceber que a verdadeira fonte de cura e transformação está em Deus. O homem doente no Tanque de Betesda é um exemplo claro disso. Quando Jesus lhe perguntou se ele queria ser curado, ele se focou na situação imediata: o tanque, a água e a dificuldade de ser o primeiro a entrar quando as águas se agitavam. Ele descreveu sua falta de esperança, dizendo: “Não tenho ninguém que me coloque no tanque quando a água se agita, e enquanto eu vou, outro desce antes de mim” (João 5:7).
Este homem não conseguia perceber que a solução para sua enfermidade não estava no movimento das águas, mas sim em Deus, que estava diante dele, pronto para curá-lo. Ele estava fixado no meio e na circunstância que o cercava, como muitas vezes fazemos em nossa vida cotidiana, esperando que algo externo mude nossa realidade, enquanto Deus, em sua soberania, nos oferece a cura e a solução de maneira direta e divina.
As pessoas ao redor do tanque representavam dois tipos: aqueles que ainda mantinham alguma esperança de que a cura fosse possível através do movimento das águas, e aqueles que já haviam perdido a fé em qualquer tipo de cura. O homem doente parecia estar entre os últimos, já sem esperança, esperando em algo que não tinha o poder de transformá-lo. Mas a resposta de Jesus, ao invés de seguir a lógica de cura popular, foi uma ordem direta: “Levanta-te, toma tua cama e anda”. O milagre não estava nas águas agitadas, mas no poder do próprio Cristo, que é a verdadeira fonte de cura e esperança.
Muitas vezes, colocamos nossa esperança em soluções temporais e externas, como aquele homem no tanque, sem perceber que, em Deus, temos a verdadeira cura para nossas vidas, seja no aspecto físico, emocional ou espiritual. Deus nos chama a olhar para Ele, não para as circunstâncias, e a entender que, ao confiar n’Ele, encontramos a verdadeira transformação que buscamos.
Confronto com os judeus (João 5:10-18)
Isso aconteceu em um sábado, 10e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado:
― Hoje é sábado; não é permitido a você carregar a maca.
11Ele, porém, respondeu:
― O homem que me curou disse: “Pegue a sua maca e ande”.
12Então, lhe perguntaram:
― Quem é esse homem que mandou você pegar a maca e andar?
13O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão.
14Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse:
― Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você.
15O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
A autoridade do Filho
16Então, os judeus passaram a perseguir Jesus, porque ele fazia essas coisas no sábado. 17Jesus lhes disse:
― O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho.
18Por essa razão, os judeus queriam matá‑lo ainda mais, pois não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era o seu próprio Pai, e assim se fazia igual a Deus.
Comentário:
Quando os líderes religiosos descobriram que foi Jesus quem curou o homem no sábado, começaram a persegui-lo. A religiosidade fanática dos judeus criou uma barreira entre eles e o Messias, afastando-os da verdadeira essência da Palavra de Deus. Em vez de reconhecerem o milagre como uma obra divina, eles se fixaram em suas regras rígidas, que se tornaram um obstáculo para outros conhecerem o verdadeiro Deus. Essas regras pesadas e interpretadas de forma rígida impediram muitos de compreenderem a graça e o amor que Jesus veio revelar.
A Autoridade do Filho (João 5:19-30)
19Jesus lhes deu esta resposta:
― Em verdade lhes digo que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz. 20Pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que faz. Sim, para admiração de vocês, ele lhe mostrará obras ainda maiores do que estas. 21Porque, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer. 22Além disso, o Pai não julga ninguém, mas delegou todo julgamento ao Filho, 23para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho não honra também o Pai que o enviou.
24― Em verdade lhes digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. 25Em verdade lhes digo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem viverão. 26Pois, da mesma forma que o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo 27e deu‑lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem.
28― Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz 29e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados. 30Por mim mesmo, nada posso fazer; eu julgo apenas conforme ouço, e o meu julgamento é justo, pois não desejo agradar a mim mesmo, mas àquele que me enviou.
Comentário:
Jesus, o verdadeiro juiz, afirmou aos líderes religiosos que Deus nunca para de trabalhar, nem mesmo aos sábados. Ele destacou que reverenciar o sábado não significa idolatrá-lo, e que fazer o bem, independentemente das barreiras que nós mesmos criamos, é uma forma de ir além da religiosidade superficial. Jesus nos convida a romper com essas limitações e a entender que o amor e a misericórdia devem sempre prevalecer.
Jesus tem autoridade sobre nós e sobre todas as coisas. Ele não quebrou a Lei de Deus em nenhum momento; ao contrário, Ele cumpriu a Lei ao curar no sábado, um dia de alegria e contemplação da glória de Deus e de Sua criação. Jesus mostrou que o verdadeiro significado do sábado é fazer o bem e trazer vida, refletindo o contínuo trabalho de Deus em nossas vidas.
Jesus explica que Ele realiza os mesmos atos que Deus, pois o Filho faz exatamente o que o Pai faz. Assim como o Pai ressuscita os mortos e dá vida, o Filho também ressuscita os mortos, concedendo vida a quem Ele deseja. O Pai não julga ninguém diretamente, mas confiou ao Filho todo o julgamento, para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai.
Promessa de vida eterna (João 5:24-30)
24― Em verdade lhes digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. 25Em verdade lhes digo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem viverão. 26Pois, da mesma forma que o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo 27e deu‑lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem.
28― Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz 29e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados. 30Por mim mesmo, nada posso fazer; eu julgo apenas conforme ouço, e o meu julgamento é justo, pois não desejo agradar a mim mesmo, mas àquele que me enviou.
Comentário:
Os mortos espiritualmente serão despertados. Eis que chegou a hora em que aqueles que estão dormindo serão acordados pela voz do Filho de Deus. Este é um alerta tanto para os religiosos dos nossos dias quanto para aqueles que estavam ao redor de Jesus naquela época. Todos ressuscitarão, mas alguns para a vida eterna e outros para a ressurreição do julgamento, no qual Jesus será o juiz. Sobre a morte e a ressureição, podemos ler em Daniel 12:2 e em Romanos 2:5-8.
Testemunhas a Favor de Jesus (João 5:31-47)
31― Se testifico em meu próprio favor, o meu testemunho não é válido. 32Há outro que testemunha em meu favor, e sei que o seu testemunho em meu favor é válido.
33― Vocês enviaram representantes a João, e ele testemunhou da verdade. 34Não que eu busque testemunho humano, mas menciono isso para que vocês sejam salvos. 35João era uma lâmpada que queimava e irradiava luz, e, durante certo tempo, vocês quiseram alegrar‑se com a sua luz.
36― Eu tenho um testemunho maior que o de João; a própria obra que o Pai me confiou para concluir, e que estou realizando, testemunha que o Pai me enviou. 37O próprio Pai, que me enviou, testemunhou a meu respeito. Vocês nunca ouviram a sua voz, nem viram a sua forma, 38nem a sua palavra habita em vocês, pois não creem naquele que ele enviou. 39Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras porque consideram que nelas têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito. 40Contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida.
41― Eu não aceito a glória dos homens, 42mas conheço vocês. Sei que vocês não têm o amor de Deus. 43Eu vim em nome do meu Pai, e vocês não me aceitaram; contudo, se outro vier em seu próprio nome, vocês o aceitarão. 44Como vocês podem crer, se buscam a glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único?
45― Contudo, não pensem que eu os acusarei diante do Pai. Quem os acusa é Moisés, em quem vocês põem a sua esperança. 46Porque, se cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. 47Visto, porém, que não creem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?
Comentário:
Jesus julgará de acordo com o que ouvirá de Deus, e esse julgamento será perfeitamente justo, pois será baseado no exemplo que Ele mesmo deu durante Sua vida na terra. Embora Jesus não precisasse de testemunhos humanos para validar quem Ele é, Ele teve a confirmação de milhares de pessoas que testemunharam Seus milagres. Cinco fontes são apresentadas como testemunhas de Jesus: 1) João Batista, que O reconheceu como o Messias; 2) as próprias obras de Jesus, que foram sinais evidentes de Sua missão divina; 3) Deus Pai, o Criador, que falou sobre Jesus e enviou Seu Espírito para confirmar Sua identidade; 4) as Escrituras Sagradas, mais especificamente o Tanakh, que é o termo judaico para o Antigo Testamento, que já apontava para a vinda do Messias; 5) Moisés, como mencionado em Deuteronômio 18, que falou sobre a vinda de um profeta como Jesus.
As obras de Jesus foram muitas e significativas, e um dos testemunhos mais poderosos foi o reconhecimento de muitos religiosos da época, que sabiam que somente Deus poderia operar tais milagres. Quando Jesus disse: “Quem vê a mim, vê o Pai, que está em mim” (João 14:9), Ele estava afirmando que Sua missão e autoridade eram de origem divina. As curas e milagres realizados por Ele serviram como um testemunho claro da autoridade de Jesus, não apenas cumprindo as profecias, mas também revelando o poder de Deus em ação, confirmando que Jesus é, de fato, o Filho de Deus, enviado para salvar a humanidade.
Escrituras e Moisés (João 5:39-47)
39Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras porque consideram que nelas têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito. 40Contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida.
41― Eu não aceito a glória dos homens, 42mas conheço vocês. Sei que vocês não têm o amor de Deus. 43Eu vim em nome do meu Pai, e vocês não me aceitaram; contudo, se outro vier em seu próprio nome, vocês o aceitarão. 44Como vocês podem crer, se buscam a glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único?
45― Contudo, não pensem que eu os acusarei diante do Pai. Quem os acusa é Moisés, em quem vocês põem a sua esperança. 46Porque, se cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. 47Visto, porém, que não creem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?
Comentário:
Os religiosos que cercavam Jesus, e que mais tarde começaram a persegui-Lo, receberam d’Ele uma advertência sobre sua busca minuciosa nas Escrituras em busca do significado da vida eterna. Eles estavam diante do próprio representante de Deus, o Messias prometido, designado para realizar maravilhas e cumprir as profecias entre o povo que aguardava Sua vinda. No entanto, apesar de estarem na presença do Messias, eles se recusaram a ir até Ele. Jesus, conhecendo o coração de cada pessoa, sabia quem realmente buscava a verdade e quem estava preso ao orgulho e ao desejo de aprovação humana. Ele afirmou que muitos preferem buscar a glória dos homens, ao invés da glória que vem de Deus, um reflexo de sua falha em reconhecer e aceitar a autoridade divina presente em Sua pessoa.
Moisés já havia escrito sobre Jesus em Deuteronômio 18:15: “O Senhor, seu Deus, fará com que do meio de vocês, do meio dos seus irmãos, se levante um profeta semelhante a mim; a ele vocês devem ouvir.” Jesus reforçou esse aviso tanto para Seus ouvintes da época quanto para nós hoje: aqueles que não creem nas Escrituras, que são testemunho de Sua vinda, também não crerão no Filho de Deus. O Senhor alertou que, sem uma verdadeira fé nas Escrituras, não há como reconhecer e aceitar a revelação plena de Deus em Jesus, o Messias enviado para salvar a humanidade.
Notas
² – Fonte: O tanque de Betesda: https://youtu.be/ee0952atEQw
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