Getting your Trinity Audio player ready...
|
Sumário
ToggleNeste estudo, vamos destacar:
- A multiplicação dos pães e o entendimento sobre as superficialidades da vida;
- O pão da vida, a provisão diária que é Jesus;
- A murmuração dos seguidores de Jesus quando são confrontados com o verdadeiro Evangelho;
- A confissão de Pedro;
- Como podemos aplicar a mensagem em nossa vida.
Introdução
O sexto capítulo do Evangelho de João nos apresenta o milagre da multiplicação dos pães, revelando não apenas o poder de Jesus sobre as necessidades materiais, mas também o profundo significado espiritual do maná que os israelitas receberam no deserto. Nesse capítulo, Jesus se apresenta como o verdadeiro “Pão da Vida”, mostrando que, assim como o maná alimentava fisicamente o povo de Deus, Ele próprio é a provisão divina que oferece vida eterna. Além disso, o discurso de Jesus sobre a Páscoa e o Cordeiro Pascal nos convida a refletir sobre Seu papel como o Cordeiro de Deus, sacrificado por toda a humanidade.
Neste capítulo, observamos também a reação da multidão, que O segue inicialmente em busca de bênçãos materiais, mas, ao serem desafiados a compreender o verdadeiro significado da salvação, muitos abandonam a caminhada. O contraste entre a busca por necessidades temporais e a busca pela vida eterna é um tema central neste capítulo, convidando-nos a examinar nossas próprias motivações na fé e nossa disposição para seguir Jesus além das bênçãos imediatas.
Tema central:
- Jesus, a verdadeira provisão de vida do ser humano.
Principais personagens:
- Jesus;
- Os seguidores;
- Os religiosos da época;
- Pedro e os discípulos.
Lições principais:
- A multiplicação dos pães e peixes é um claro símbolo da abundância com a qual Deus provê para Seu povo, mas não vive o homem somente de pão, mas de toda Palavra que vem de Deus.
- A murmuração dos emocionados que só queriam se alimentar fisicamente.
- Lições para ter a Vida Eterna.
- Requisitos para quem realmente quer seguir Jesus.
Principais versículos:
- 6:5-6 ― Então Jesus, levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha ao seu encontro, disse a Filipe: ‘Onde compraremos pão para lhes dar a comer?’ Ele dizia isso para o experimentar, porque já sabia o que estava para fazer.
- 6:11 ― Então Jesus tomou os pães, deu graças e os distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
- 6:32-33 ― Jesus lhes disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo que não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.’
- 6:35 ― Disse-lhes Jesus: ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.’
- 6:47-48 ― Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida.
- 6:53-54 ― Então Jesus lhes disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
- 6:66-69 ― A partir de então, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então Jesus perguntou aos doze: ‘Vós também quereis ir embora?’ Simão Pedro respondeu-lhe: ‘Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna.
A Multiplicação dos Pães e Peixes (João 6:1-15)
1Algum tempo depois, Jesus foi à outra margem do mar da Galileia, ou seja, o mar de Tiberíades, 2e grande multidão continuava a segui‑lo, porque vira os sinais milagrosos que ele tinha realizado ao curar os doentes. 3Então, Jesus subiu ao monte e sentou‑se com os seus discípulos. 4Estava próxima a festa judaica da Páscoa.
5Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que se aproximava, Jesus disse a Filipe:
― Onde compraremos pães para este povo comer?
6Ele fez essa pergunta apenas para pô‑lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer.
7Filipe lhe respondeu:
― Duzentos denários não comprariam pães suficientes para que cada um recebesse um pedaço!
8Outro discípulo, André, irmão de Simão Pedro, tomou a palavra:
9― Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?
10Jesus disse:
― Mandem o povo se sentar.
Havia muita grama naquele lugar, e todos se sentaram. Eram cerca de cinco mil homens. 11Então, Jesus tomou os pães, deu graças e os repartiu entre os que estavam sentados, tanto quanto queriam. O mesmo fez com os peixes.
12Depois que todos receberam o suficiente para comer, disse aos seus discípulos:
― Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiçado.
13Então, eles os ajuntaram e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados por aqueles que tinham comido.
14Depois de ver o sinal milagroso que Jesus tinha realizado, o povo começou a dizer:
― Sem dúvida, este é o Profeta que devia vir ao mundo.
15Sabendo Jesus que pretendiam proclamá‑lo rei à força, retirou‑se, sozinho, novamente para o monte.
Comentário:
A multiplicação dos pães e peixes é um claro símbolo da abundância com a qual Deus provê para Seu povo. Notavelmente, Jesus utilizou os próprios alimentos da multidão para realizar o milagre, demonstrando que o pouco nas mãos de Deus se torna mais que suficiente. O fato de que, após todos se saciarem, ainda restaram doze cestos cheios de pães e peixes, tem um significado. Esse número, doze, é uma alusão às doze tribos de Israel, o que pode nos representar os 12 meses do ano, onde a provisão de Deus se mantém, mês a mês, simbolizando que a provisão de Deus é abundante e completa para todo o Seu povo, sem desperdícios.
Assim como o maná que caiu dos céus durante a peregrinação de Israel no deserto quando saíram do Egito foi uma manifestação da provisão divina, a multiplicação dos pães é também uma prefiguração de Jesus como o verdadeiro Pão do Céu. Jesus, ao alimentar a multidão, não apenas saciou a fome física, mas revelou que Ele mesmo é o alimento espiritual que sustenta e satisfaz completamente a humanidade. A referência ao maná nos lembra à ideia de que, assim como o maná, Jesus é a provisão diária de Deus, fundamental para nossa existência, como está escrito:
“Pois nem só de pão viverá o homem, mas viverá aquele que receber toda Palavra que procede de Deus.”
Deuteronômio 8:3.
Após a multidão ser alimentada, reconheceram em Jesus o Messias das Escrituras Sagradas e desejaram proclamá-lo rei. No entanto, Jesus, ciente de Seu verdadeiro propósito, afastou-se, rejeitando essa nomeação. Esta atitude revela Sua fidelidade ao plano divino, que, naquele momento, não incluía a exaltação terrena, mas sim o cumprimento das profecias, especialmente as de Isaías 53. Jesus veio, antes de tudo, para ser o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Sua recusa em ser feito rei naquele momento demonstra que Seu foco não estava na glória humana, mas no cumprimento da missão salvadora que direcionada por Deus.
Jesus Anda sobre as Águas (João 6:16-21)
16Ao anoitecer, os seus discípulos desceram ao lago, 17entraram em um barco e começaram a travessia a Cafarnaum. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha ido até onde eles estavam. 18Soprava um vento forte, e as águas estavam agitadas. 19Depois de terem remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram que Jesus se aproximava do barco, andando sobre o lago, e ficaram aterrorizados. 20Ele, porém, lhes disse:
― Sou eu! Não tenham medo!
21Então, resolveram recebê‑lo no barco e logo chegaram à praia para a qual se dirigiam.
Comentário:
Os evangelhos de Marcos e Mateus narram com mais detalhes a história de Jesus caminhando sobre as águas, João não faz menção dos detalhes. Embora o Evangelho de João também mencione Jesus andando sobre as águas, é em Marcos e Mateus que vemos Jesus não apenas acalmando o mar com Sua Palavra, mas também trazendo paz aos corações dos discípulos. Além disso, Pedro dá alguns passos sobre as águas antes de começar a afundar. Esse episódio destaca a soberania de Jesus sobre a natureza e confirma Sua divindade aos olhos dos discípulos.
O Discurso do Pão da Vida (João 6:22-59)
22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado no outro lado do mar percebeu que apenas um barco estivera ali e que Jesus não havia entrado nele com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos. 23Então, alguns barcos de Tiberíades aproximaram‑se do lugar onde o povo tinha comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão percebeu que nem Jesus nem os discípulos estavam ali, entrou nos barcos e foi a Cafarnaum em busca de Jesus.
25Quando o encontraram do outro lado do mar, perguntaram‑lhe:
― Rabi, quando chegaste aqui?
26Jesus respondeu:
― Em verdade lhes digo que vocês estão me procurando não porque viram os sinais milagrosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. 27Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem dará a vocês, pois Deus, o Pai, o reconheceu.
28Então, perguntaram‑lhe:
― O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?
29Jesus respondeu:
― A obra de Deus é esta: que creiam naquele que ele enviou.
30Então, perguntaram‑lhe:
― Que sinal milagroso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? O que farás? 31Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: “Ele lhes deu a comer o pão dos céus”.
32Jesus declarou‑lhes:
― Em verdade lhes digo que não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, mas é o meu Pai quem dá a vocês o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo.
34Eles disseram:
― Senhor, dá‑nos sempre desse pão!
35Então, Jesus declarou:
― Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. 36Mas, como eu disse, vocês me viram, embora ainda não creiam. 37Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e eu jamais rejeitarei aquele que vier a mim. 38Pois desci dos céus não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas o ressuscite no último dia. 40Porque a vontade do meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
41Então, os judeus começaram a criticar Jesus, porque dissera: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Eles diziam:
― Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como ele pode dizer: “Desci do céu”?
43Jesus respondeu:
― Parem de me criticar. 44Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: “Todos serão ensinados por Deus”. Todos os que ouvem o Pai e dele aprendem vêm a mim. 46Ninguém viu o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; somente ele viu o Pai. 47Em verdade lhes digo que aquele que crê tem a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os seus antepassados comeram o maná no deserto, mas morreram. 50Todavia, aqui está o pão que desceu do céu, para que não morra quem dele comer. 51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
52Então, os judeus começaram a discutir exaltadamente entre si:
― Como pode este homem nos oferecer a sua carne para comer?
53Jesus disse:
― Em verdade lhes digo que, se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em vocês mesmos. 54Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. 56Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu permaneço nele. 57Como o Pai que vive me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa. 58Este é o pão que desceu do céu. Os antepassados de vocês comeram o maná e morreram, mas aquele que se alimenta deste pão viverá para sempre.
59Disse tudo isso quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
Comentário:
Um dos discursos mais enigmáticos e desafiadores de Jesus, onde Ele se refere a Si mesmo como o “pão da vida” e fala sobre a necessidade de comer Sua carne e beber Seu sangue para ter vida eterna. Obviamente, se torna enigmático se entendermos o discurso ao pé da letra como os religiosos fizeram. Além do mais, o entendimento racional e superficial de certas coisas não faz sentido algum no mundo espiritual, por isso, devemos ter o Espirito de Deus vivendo em nós para que nosso entendimento seja completo.
Contexto bíblico:
Jesus havia acabado de realizar o milagre da multiplicação dos pães e peixes, alimentando uma grande multidão. No dia seguinte, a multidão O seguiu, em busca de mais sinais e alimento físico. Jesus, então, começa a ensinar sobre o verdadeiro pão que desceu do céu, que não é o maná dado aos seus antepassados, mas Ele próprio, o pão da vida. O maná, concedido por Deus no deserto como provisão, foi um símbolo, mas agora, Jesus se apresenta como a verdadeira provisão. Ele afirma que, para ter vida eterna, é necessário comer Sua carne e beber Seu sangue. Essa linguagem é chocante para os ouvintes, e o entendimento de alguns é limitado e racional, o que causa espanto. Dentro do contexto sacrificatório descrito em Isaías 53:4-8, Jesus se oferece como sacrifício vivo, entregando Sua carne e Seu sangue como oferta de paz à humanidade, assim como o cordeiro era oferecido no sacrifício.
No contexto judaico e bíblico do Antigo Testamento, o cordeiro era oferecido tanto como holocausto quanto como oferta de paz, mas esses dois tipos de sacrifícios tinham significados e propósitos distintos. As ofertas de paz (ou sacrifícios pacíficos) eram sacrifícios que celebravam a comunhão com Deus. Diferente dos holocaustos, onde o animal era completamente queimado, as ofertas de paz eram divididas: parte era queimada no altar, parte era dada ao sacerdote, e parte era comida pelo ofertante e sua família em uma refeição sagrada. Essas ofertas simbolizavam gratidão, cumprimento de votos e uma comunhão especial com Deus, já que a refeição compartilhada era vista como uma participação na paz e bênção divina.
No discurso do Pão da Vida, quando Jesus fala sobre comer Sua carne e beber Seu sangue como “provisão para a vida eterna”, Ele se apresenta como o cumprimento de todos os tipos de sacrifícios, inclusive o sacrifício pascal (o cordeiro sacrificado) e o sacrifício de paz, ambos apontando para Ele como o Cordeiro de Deus. Em João 1:29, João Batista O chama de “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, associando a morte de Jesus com o sacrifício expiatório necessário para a reconciliação entre Deus e a humanidade.
Fazendo um paralelo, na última Ceia, Jesus institui a ação de graças (comunhão), dizendo:
“Tomai, comei; isto é o meu corpo… bebei dele todos; porque isto é o meu sangue…”
Mateus 26:26-28.
Os textos bíblicos se unem e criam todo o cenário profético descritos nas Escrituras Sagradas sobre o Messias.
Contexto atual:
No mundo atual, a busca por satisfação pessoal e felicidade é recorrente. Vivemos em uma sociedade que constantemente nos oferece soluções rápidas e imediatas para nossas necessidades, seja por meio de sucesso profissional, consumo material ou reconhecimento social. No entanto, essas “ofertas” muitas vezes nos deixam vazios e sem propósito. Assim como a multidão que seguiu Jesus após o milagre da multiplicação dos pães e peixes, muitas pessoas hoje buscam por mais, mais conforto, mais bençãos, mais status, mais prazer, mas continuam a sentir uma fome espiritual. Não podemos olhar para Jesus e tê-lo como o gênio da lâmpada, que ao esfregar, temos nosso pedido realizado. Se pensarmos e agirmos assim, estamos na contramão do Evangelho. Por isso, pare. Pense. Reflita sobre sua vida hoje: – ela está como deveria ser?
A mensagem de Jesus sobre ser o “Pão da Vida” vai além da satisfação de necessidades materiais e temporárias. Ele nos convida a olhar além das soluções imediatas e a buscar a verdadeira provisão espiritual que só Ele pode oferecer. Assim como o maná foi dado no deserto para sustentar os israelitas, Jesus nos oferece a verdadeira comida que sustenta nossa alma e nos conduz à vida eterna. O maná era apenas uma provisão temporária, mas Jesus é a provisão eterna.
Hoje, como cristãos, somos chamados a refletir sobre o que realmente nos alimenta. Vivemos em um tempo em que a informação, as redes sociais, as distrações e o consumismo podem nos afastar da verdadeira fonte de vida. Muitos de nós nos sentimos como a multidão que seguiu Jesus: buscamos algo, mas nem sempre sabemos o que é. A verdadeira satisfação e transformação de vida vêm quando reconhecemos em Jesus o “Pão da Vida”, aquele que nos oferece não apenas uma vida temporária, mas uma vida abundante e eterna.
Jesus também nos desafia a “comer Sua carne e beber Seu sangue”, uma linguagem que nos chama a uma comunhão profunda e diária com Ele. Isso vai além de um momento isolado de fé, como ir à igreja aos domingos. Trata-se de uma relação contínua, onde nos alimentamos espiritualmente da Sua palavra e da Sua presença, permitindo que Ele nos transforme de dentro para fora diariamente. Ele é a verdadeira provisão que sustenta nossa vida espiritual, e é por meio d’Ele que encontramos a verdadeira paz e a vida que nunca acaba.
No contexto de hoje, isso nos lembra da importância de buscar a verdadeira fonte de satisfação, que não vem do mundo ou das coisas temporárias, mas de uma vida dedicada a Jesus. Quando buscamos a comunhão com Ele, não só encontramos o perdão e a paz, mas somos capacitados a viver de maneira que reflita Seu amor e graça no mundo, sendo luz e sal para aqueles que ainda buscam um propósito de vida duradouro.
Reação da Multidão e dos Discípulos (João 6:60-66)
60Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram:
― Dura é essa palavra. Quem pode suportá‑la?
61Sabendo no íntimo que os seus discípulos estavam se queixando do que tinham ouvido, Jesus lhes disse:
― Isso é motivo de tropeço para vocês? 62Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes? 63O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu disse são espírito e vida. 64Contudo, há alguns de vocês que não creem.
Pois Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem iria traí‑lo. 65Ele acrescentou:
― É por isso que eu disse a vocês que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai.
66Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui‑lo.
Comentário:
Após o longo discurso sobre o Pão da Vida, muitos dos que seguiam Jesus começaram a murmurar, pois não entenderam o significado bíblico das Suas palavras. Quando Jesus afirmou que era necessário comer Sua carne e beber Seu sangue para ter vida, isso causou grande desconforto e confusão entre os ouvintes. Eles acharam a mensagem difícil de aceitar, considerando-a dura demais para ser compreendida ou seguida. Em paralelo a isso, temos o relato no deserto, onde Moisés teve que suportar a murmuração dos israelitas sobre não ter os mesmos alimentos que havia no Egito. (Êxodo 16:2.)
Até mesmo os discípulos mais próximos de Jesus acharam Suas palavras desafiadoras. Eles disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6:60). Isso indica que, mesmo aqueles que haviam caminhado com Jesus e presenciado Seus milagres estavam lutando para compreender o significado do que Ele estava ensinando. A dificuldade não estava apenas no entendimento literal, mas também no entendimento espiritual e nas Palavras de fé que Jesus estava colocando sobre eles.
Confissão de Pedro (João 6:67-71)
67Jesus perguntou aos Doze:
― Vocês também não querem ir?
68Simão Pedro lhe respondeu:
― Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. 69Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus.
70Então, Jesus respondeu:
― Não fui eu que escolhi vocês doze? Todavia, um de vocês é um diabo!
71Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí‑lo.
Comentário:
Depois do discurso de Jesus sobre o Pão da Vida, Ele perguntou aos doze discípulos se também queriam ir embora, como muitos outros que haviam se afastado. Pedro, com firmeza, respondeu que não! Ele declarou que ficaria, pois Jesus é o Filho do Deus vivo, e somente Ele tem as Palavras da Vida Eterna. Pedro falou em nome de todos, reafirmando o propósito do grupo. Em resposta, Jesus os alertou de que havia um “diabo” entre eles, referindo-se a Judas Iscariotes, que mais tarde O trairia. Esse aviso antecipava o que estava por vir, preparando-os para o que enfrentariam.
Related
Discover more from Estudando a Bíblia - Ide e Pregai as Boas Novas
Subscribe to get the latest posts sent to your email.